«Falhámos um dos objetivos fundamentais»

Vitória de Guimarães «Falhámos um dos objetivos fundamentais»

NACIONAL04.08.202318:37

António Miguel Cardoso, presidente do Vitória, não escondeu um sentimento de «frustração» na abordagem à eliminação do clube na Liga Conferência perante o modesto Celje, da Eslovénia, depois de ter vencido a primeira mão fora, por 4-3. No estádio D. Afonso Henrique os minhotos foram batidos após a marcação de grandes penalidades, depois do 0-1 no final do tempo regulamentar.

«A enorme frustração dos adeptos é partilhada pela Direção», confessou o líder dos conquistadores, em declarações à Rádio Santiago, de Guimarães, ainda para mais porque o executivo «apostava numa participação duradoura nesta edição da Liga Conferência, o que implicaria naturalmente um apuramento para a fase de grupos». «E falhámos esse objetivo logo na primeira ronda de qualificação em que participámos, depois de ter conseguido um resultado algo animador na primeira mão», acrescentou.

António Miguel Cardoso assumiu, ainda, a «responsabilidade» deste desaire. «Projetávamos muito mais e a verdade é que acabámos afastados à primeira. Não é esse o registo que pretendemos em jogos da UEFA, pelo que a insatisfação é profunda e não deixou ninguém indiferente. Há um sentimento de vazio no balneário e uma vontade muito grande de dar a volta já no próximo jogo», completou o mesmo dirigente.

«O Vitória tem de espelhar a sua grandeza na Europa, indo o mais longe possível nas provas em que participa, sendo esse desígnio fundamental tanto em termos de prestígio e historial como do ponto de vista financeiro», completou o presidente dos vitorianos, que vê ameaçada a projeção dos jogadores, com consequências no plano financeiro definido para o clube: «São os principais ativos do clube e dependem de uma presença regular e duradoura em competições europeias para se valorizarem mais do que oferece a montra do principal campeonato português. Semelhante plano entronca, como é sabido, no plano de reestruturação e viabilização financeira do Vitória que temos vindo a cumprir, sabendo que o clube continua privado de encaixes resultantes da transmissão televisiva de jogos. Foi, aliás, à custa da valorização dos nossos jogadores que construímos um plantel competitivo para esta época.»

Por último, António Miguel Cardoso lança altos desafios para o que resta da temporada, que engloba, apenas as provas nacionais. «Tínhamos capacidade para muito mais na Conference League e os nossos adeptos, que marcaram presença em grande número no nosso estádio no jogo da passada quinta-feira, percebiam isso, pelo que compreendemos perfeitamente as manifestações de desagrado. Falhámos um dos objetivos fundamentais traçados para esta época e, por isso, temos de tirar ilações rapidamente. Não ficou tudo igual e acredito que o Vitória será capaz de dar uma resposta cabal no arranque do campeonato, frente ao Estrela da Amadora. Restam-nos as competições nacionais, sendo muito claro para a Direção, equipa técnica e atletas que o clube deve ir mais além em relação ao que foi conseguido na época passada. Estamos todos comprometidos e alinhados no sentido de reagirmos quanto antes de forma positiva para arrancarmos para uma boa campanha», concluiu.