Emoção até ao fim: PSG bate Bayern com assistência de João Neves
Jogo de loucos em Atlanta. Luis Enrique não podia ter pedido um melhor espetáculo para celebrar os dois anos como treinador do PSG, embora se calhar mudasse alguns pormenores, mas o importante é que a sua equipa venceu o Bayern (2-0) e está nas meias-finais do Mundial de Clubes.
Tal como nos restantes jogos dos quartos de final, cumpriu-se um minuto de silêncio em homenagem a Diogo Jota e André Silva, e Nuno Mendes ficou emocionado, assim como João Neves e Vitinha, os outros portugueses titulares neste jogo. Gonçalo Ramos não saiu do banco de suplentes, assim como João Palhinha, e Raphael Guerreiro foi só lançado nos minutos finais.
No entanto, o destaque para os primeiros 45 minutos foi claramente para ambos os guarda-redes: Neuer e Donnarumma foram gigantes entre os postes e foram adiando o primeiro golo do encontro, defendendo os remates de Kvaratskhelia e Barcola, e Olise e Pavlovic.
Já na compensação, Upamecano ainda pensava que tinha inaugurado o marcador, mas estava fora de jogo quando Olise cobrou um livre para o seu cabeceamento. Em cima do intervalo, surgiu a pior notícia da partida: Musiala lesionou-se gravemente (partiu o pé) num lance com Donnarumma, sendo que antes Stanisic já teve de sair por problemas físicos.
Mesmo sem golos, emoção não faltou e prova disso foi a segunda parte! Tudo começou com um lance de um para um entre Barcola e Neuer, com o alemão a mostrar que idade (39 anos) é apenas um número. Os bávaros foram ligeiramente superiores aos parisienses, que até entraram bem no jogo, durante os 90 minutos e no segundo tempo essa superioridade foi mais notória. No entanto, após um lance em que Neuer inventou e perdeu em zona proibida, mas Dembélé desperdiçou e falhou de baliza aberta, foi Doué quem fez o primeiro golo. Grande trabalho de João Neves a recuperar a bola dos pés de Kane, a avançar no terreno e a assistir Doué, que enganou Neuer com um remate à entrada da área.
Perante a vantagem no marcador, Luis Enrique mudou para uma linha com cinco defesas, fazendo entrar Lucas Hernández, mas estragaram-lhe os planos… por duas vezes! Pacho teve uma entrada desnecessária sobre Goretzka e viu o cartão vermelho direto. O técnico espanhol lançou Beraldo, mas, pouco depois, já na compensação, Hernández também foi expulso por uma agressão (cotovelada) a Guerreiro e deixou a sua equipa apenas com nove jogadores em campo. Mesmo assim os franceses não só aguentaram a vantagem mínima com ainda a aumentaram, já depois de mais um tento anulado aos alemães, desta vez a Harry Kane, outro cabeceamento, a cruzamento de Upamecano. Aos 90+5’, os franceses recuperaram a bola em zona alta e Vitinha assistiu Dembélé, que acertou com estrondo na trave. No entanto, logo no lance a seguir, Hakimi foi brilhante numa jogada individual e assistiu o francês, que se redimiu. Nas celebrações, Dembélé não se esqueceu de Diogo Jota e imitou o seu festejo.
Quando se pensava que já estava tudo decidido, eis que Muller conquistou uma grande penalidade para o Bayern, após um lance com Nuno Mendes. No entanto, Anthony Taylor foi ao VAR e reverteu a sua decisão, considerando que o português não cometeu falta sobre o alemão, deixando assim o banco de suplentes do PSG em festa.