FC Porto Dragões já negoceiam com Jorge Mendes

Nico González tem nas mãos a possibilidade de jogar no FC Porto, cedido pelo Barcelona. Cabe ao médio centro, de 21 anos, decidir qual o destino que prefere, porque entre as várias hipóteses surgem também emblemas espanhóis, mas os dragões atacaram o dossiê com todo o empenho e acreditam que conseguem seduzir o internacional sub-21.

Jorge Mendes é, como A BOLA noticiou, o agente de Nico González, e tem domínio do processo para garantir  a cedência do jogador ao FC Porto, dado que o Barcelona recusa uma venda ou mesmo cedência com opção de compra. Os azuis e brancos já falaram com o superagente para perceber as condições em que poderia chegar o médio, que tem uma cláusula de rescisão invulgar, de mil milhões de euros.

O Bétis está também muito ativo na corrida ao jogador, antecipando possível saída de William Carvalho, assim como o Valência, Villarreal (vai à Liga Europa) e a Real Sociedade, um dos possíveis adversários do FC Porto na Champions.

Pai confirma: «Decisão é dele»

Fran González, que ontem cessou funções como dirigente do Deportivo da Corunha, falou à Renascença sobre o avanço do FC Porto e confirmou que o interesse dos dragões é real.

«Parece que há uma possibilidade de ele ir [para o FC Porto], mas a decisão é dele», afirmou o antigo médio. Se Nico mudar de país e agarrar a oportunidade de brilhar na Champions de dragão ao peito, terá o apoio do progenitor. «Claro que gostava muito que ele pudesse jogar numa equipa tão importante como é o FC Porto», atirou.

Médio moderno e completo

Médio versátil, o internacional sub-21 chegou a ser comparado por Koeman, antigo treinador dos catalães, a Sergio Busquets, pela forma inteligente como faz a ligação entre a defesa e o ataque. Em poucos anos na formação do Barça Nico González cresceu 18 centímetros e passou de frágeis 60 quilos para sólidos 80 distribuídos por 1,88 metros de altura.

Cerebral dentro e fora do campo, dizem ser o protótipo do médio moderno, pronto para qualquer missão, capaz de conferir qualidade ao jogo da equipa, como o fez na reta final no Valência, onde esteve cedido, numa época que não foi totalmente bem-sucedida devido a uma fratura no dedo de um pé, em dezembro. Recuperou bem do problema e foi uma unidade importante para ajudar o emblema che a escapar da descida.

Nos últimos jogos da Liga espanhol atuou ao lado de outro nome emergente do futebol espanhol, Javi Guerra (20 anos), uma dupla de pivots que teve André Almeida como unidade criativa. Um 4x2x3x1 que pedia aos médios a capacidade de partilharem tarefas defensivas e de transição atacante, em função do posicionamento estratégico do adversário e, nesse domínio, Nico desempenhou papel mais parecido com aquele que Eustaquio tem atualmente no FC Porto. Mas com uma diferença: a altura. O luso-canadiano mede 1,77 m, menos 11 centímetros que Nico, um número 8 por excelência capaz de ser 6 sem se lhe conhecer oscilações de rendimento ou quebra de qualidade. Um desafio ao gosto de Sérgio Conceição.