Amorim e o dono do United: «A última vez que o mandei à m...? Sem comentários»

Treinador reagiu às declarações do coproprietário Jim Ratcliffe a propósito da relação entre ambos

Jim Ratcliffe, coproprietário do Manchester United, abordou a relação com Ruben Amorim na mais recente entrevista sobre a conjuntura em Old Trafford, confidenciando que gostam de dizer um ao outro «vai à m...», e esse assunto voltou a merecer atenção, agora com o testemunho do treinador português.

«Acho que temos uma ligação muito boa. Penso que somos os dois francos e sinceros nas conversas. Ele gosta verdadeiramente do clube, é como um adepto. Sei que está a fazer coisas realmente difíceis, mas sinto que temos uma ligação e queremos ter êxito aqui», começou por dizer Ruben Amorim, em declarações à TNT Sports.

«Eu já sabia [do apoio dele]. Nos bastidores, falamos muito e falamos de futebol, não apenas do clube. É uma coisa boa, porque publicamente é uma coisa diferente e mostra muita confiança por parte do proprietário», observou.

«Senti isso desde o primeiro dia. Desde o primeiro dia, senti que as pessoas gostam muito do meu trabalho. Às vezes é mais difícil para mim porque estou a fazer o trabalho. O meu trabalho é o resultado, por isso às vezes também é mais difícil para mim a minha relação com eles do que a deles comigo», notou.

«Somos muito honestos um com o outro. Eu sou um bocadinho o mesmo. Vim de uma família normal e agora estou aqui em Manchester e continuo a ser a mesma pessoa. Sinto que ele é a mesma pessoa, por isso podemos falar assim», reforçou.

O técnico luso não conteve os risos com a pergunta que se seguiu, a testar a boa relação com o bilionário inglês: «Quando foi a última vez que o mandou à m...?» Amorim soltou gargalhadas e atirou: «Sem comentários.»

Sobre a entrevista de Ratcliffe, que não se privou de apontar o dedo, inclusive a jogadores, Amorim viu algo positivo: «Ajuda porque ele entende o contexto, e isso é bom. Depois, vai contra a opinião pública de muitos meios de comunicação social, e isso é uma coisa boa. Não é normal porque, como proprietário, especialmente nos maus momentos, ele quer fazer coisas populares e acho que mostrou grande coragem neste momento para abordar esse assunto.»

«É melhor que seja ele a abordar o assunto, não gosto de o abordar. Mas é bom porque ele conhece o contexto do clube», concluiu.