Álvaro Pacheco: «Vivo e trabalho a imaginar na minha cabeça o hino da Champions»
Álvaro Pacheco, treinador do V. Guimarães (FOTO: Vitória SC)

Álvaro Pacheco: «Vivo e trabalho a imaginar na minha cabeça o hino da Champions»

NACIONAL02.04.202417:31

Liga dos Campeões, Taça de Portugal, Jota Silva e boina foram alguns dos temas abordados na entrevista

Álvaro Pacheco concedeu uma entrevista ao jornal italiano Gazzetta dello Sport, e o treinador do Vitória de Guimarães explicou que um dos grandes objetivos da sua carreira é ouvir o hino da Liga dos Campeões.

«Vivo e trabalho a imaginar na minha cabeça o hino da Liga dos Campeões. A música, o sentimento. É o sonho da minha vida e tenho a certeza que o vou conseguir realizar. Sonho? Não ter uma única quarta-feira livre. Como já vos disse, o meu objetivo é ouvir o hino da Liga dos Campeões de olhos fechados. Trabalhei para isso toda a minha vida e vou consegui-lo», vincou de seguida, antes de falar do atual momento na presente temporada».

Prestes a disputar as meias-finais da Taça de Portugal, contra o FC Porto, o técnico de 52 anos fala num «ponto de viragem na época».

«Ganhar seria especial para todos. A ética de trabalho, a vontade de melhorar e a intensidade que colocam em cada treino são de aplaudir. Temos uma identidade, e depois um sonho, a de jogar na Liga dos Campeões. Agora estamos a lutar por um lugar na Liga Conferência, mas estou certo de que os resultados virão».

O treinador de 52 anos falou também das suas inspirações entre treinadores e as escolhas são «certamente Jurgen Klopp, mas também Ancelotti e Gasperini».

«O estilo de jogo que adoto reflete a minha personalidade. Gosto de um futebol ambicioso e ofensivo, feito de pressão e agressividade. Gosto de fazer com que os jogadores se sintam confortáveis para que possam tomar liberdades», disse.

Jota Silva, melhor marcador do Vitória de Guimarães e chamado recentemente à seleção nacional, foi outro dos temas abordados pelo diário desportivo italiano.

«É um talentoso extremo esquerdo que marcou 13 golos este ano. Quando se estreou com a camisola da seleção, fiquei entusiasmado com ele. Sou um homem instintivo, um homem de coração».

A boina de Álvaro Pacheco é uma das marcas icónicas do treinador: «Costumava usar a boina, mas em 2020, ano em que levei o Vizela à segunda liga, deixei-a de lado em favor de um fato de treino com capuz. Não gostei. Então deram-me uma boina e disseram-me 'talvez te dê sorte'. E assim foi. No final do campeonato, fomos promovidos, após 36 anos»

Álvaro Pacheco assumiu-se ainda como «uma figura paternal», mas também um «treinador rigoroso que não tolera a falta de profissionalismo»

«Empenho, lealdade e ambição são os meus mantras. Começo o dia muito cedo, antes do pequeno-almoço, para começar a preparar o campo com a minha equipa. Gosto de ver os jogadores a chegar ao campo, para perceber como estão e o que se passa nas suas cabeças. Tento ser uma espécie de amigo e nos treinos participo em todos os exercícios e jogo. E dessa ligação surgem episódios engraçados».