Endrick foi titular no último jogo que disputou com a camisola do Palmeiras, mas acabaria por não completar os 90 minutos frente ao San Lorenzo, para a Libertadores, o que levou Abel Ferreira a justificar a substituição na segunda parte. «Ele queixou-se do joelho. Por isso saiu», atirou, taxativo, o técnico português a propósito do problema físico, também abordado pelo jogador: «Foi só um susto. Quero muito jogar a Copa América. Qualquer coisinha que acontecesse, poderia virar o pé ou magoar o dedo e eu ia ficar com medo. Quero muito representar a Seleção. Ficamos com medo por estar perto de realizar um sonho de jogar um campeonato com a Seleção e vir uma lesão. Fiquei com muito medo, mas não foi nada.» Contratempo na despedida do avançado, que para Abel Ferreira não tem substituto. «Venderam o jogador por uma fortuna. Ninguém vai substituir este jogador. Agora, como fazemos sempre, como é minha função, vamos arranjar uma solução, valorizando os nossos jogadores e olhando para outras opções», disse o treinador. Olhando para o trajeto de Endrick no verdão, o sentimento é de dever cumprido, na perspetiva do treinador: «Acho que as coisas aconteceram tão perfeitas. Conseguiu fazer tudo, ser campeão em todas as categorias. Jogou no tempo de Deus, ajudou-nos muito no ano passado, está connosco há um ano e sete meses, veio a tempo de ser campeão com a equipa principal. Houve um período de adaptação, começou muito bem, depois um período não tão bom, foi capaz de suportar as críticas. Os melhores do mundo são sempre sujeitos às críticas e tem de se fazer um acordo de paz para continuar a trabalhar e seguir em frente. Para um moleque de 16 ou 17 anos não é fácil suportar essa pressão, mas ele foi capaz disso. Foi um plano e um projeto que saiu na perfeição.»
