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Operação Nexus: PJ detém seis pessoas por corrupção e fraude
A Polícia Judiciária deteve seis pessoas, no âmbito da Operação Nexus, uma megaoperação de combate à criminalidade económico-financeira que envolveu dois inquéritos, um sob a DIAP Regional do Porto e outro sob a Procuradoria Europeia.
Os detidos, segundo o comunicado da PJ, são um membro e três funcionários de uma empresa tecnológica, um funcionário de uma empresa concessionária e um funcionário público.
Estão indiciados por crimes de fraude na obtenção de subsídio, corrupção ativa e passiva (pública e privada), participação económica em negócio, recebimento indevido de vantagem, falsificação de documento e abuso de poder.
«A investigação teve a sua origem em participação de graves irregularidades em procedimentos aquisitivos públicos de material informático e de cibersegurança, por parte de instituição de ensino superior público do Norte, no âmbito de projetos financiados pelo PRR, e centrou-se na atividade de um grupo empresarial nacional que se dedica à importação, exportação, promoção e comercialização de hardware e software informático», escreveu a Polícia Judiciária em comunicado.
Foram realizadas 103 buscas em várias zonas do país, incluindo empresas privadas do setor tecnológico, instituições de ensino superior, unidades de saúde, fundações, concessionárias de serviços públicos e até agências de viagem.
Segundo a PJ, foi identificado um esquema criminoso organizado e sistémico para a obtenção ilegal de informação privilegiada em concursos públicos e privados, mediante entrega de vantagens a funcionários de entidades adjudicantes. O objetivo seria garantir adjudicações de contratos, num montante estimado em pelo menos 20 milhões, distorcendo as regras de concorrência e transparência.