Isto não é sobre futebol. É anti...
No rescaldo da noite europeia de Liga dos Campeões, os temas que hoje se abordam neste espaço não são futebol. São tudo menos futebol, são antidesportivos.
Durante o duelo ibérico na Luz, no final de um dia em que se soube que adeptos do Benfica foram detidos pela PSP – e identificados por esta polícia que os indivíduos em causa pertencem ao grupo (claque) No Name Boys (NNB) - por agressões a polícias durante um jogo de futebol entre o clube encarnado e o Casa Pia e que, na mesma operação, foram apreendidas várias armas ilegais, adeptos que assistiam à partida na zona da bancada habitualmente ocupada pelos NNB acionaram engenhos pirotécnicos, vulgo tochas e fumos que levaram à interrupção da mesma alguns minutos.
Que descaramento, acima de tudo para o clube, que sofrerá previsíveis consequências disciplinares pela mão dura da UEFA, que implicarão prejuízos financeiros e desportivos. Eis a questão: como é que se permite que esse material entre no estádio, para mais em jogo de Champions? De várias respostas plausíveis, estas são certas: permissividade, conivência, negligência.
Ainda durante a partida na Luz conheceu-se a suspensão por nove meses aplicada ao treinador do Lyon, Paulo Fonseca, por intimidar um árbitro durante recente partida. A justificação é liminar e totalmente correta: «O Comité [Disciplinar da Liga francesa de futebol] deplora que (...) uma personalidade da Ligue 1 tenha adotado este comportamento. Fonseca é um treinador deste campeonato, acima de tudo um educador, e nem é preciso dizer que esta atitude é estritamente incompatível com os seus deveres».