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Bruno Lage parece que não sabia das mudanças…
«É tempo de as pessoas acreditarem no nosso trabalho, do presidente, diretor desportivo, treinador e jogadores. Deviam acreditar mais no nosso trabalho», disse Bruno Lage a 24 de junho, após a vitória (1-0) sobre o Bayern, no Mundial de Clubes.
Três semanas volvidas, muito mudou no Benfica e não me estou a referir às capacidades do treinador, tão-pouco ao resultado seguinte na prova organizada pela FIFA nos Estados Unidos. O Benfica foi eliminado (1-4, após prolongamento) pelo Chelsea nos oitavos de final e partiu, finalmente, de férias. Entretanto, já voltou ao trabalho e continuo sem conseguir perceber o alcance das afirmações de Bruno Lage.
Afinal, o diretor-geral, Lourenço Pereira Coelho, já deixou o clube, tendo sido substituído por Mário Branco. Rui Pedro Braz, o diretor desportivo, ainda continua na Luz, ou no Seixal, talvez até mais entre aeroportos, mas o adeus também já foi anunciado. Falta-lhe ainda mais uma comissão de serviço, até ao fecho do mercado. Na comunicação há igualmente novidades, entre diretores e assessores de imprensa. Muitas alterações, demasiadas até, dado o momento. Até parece que Bruno Lage não sabia das mudanças ao dizer aquilo que disse…
Estamos a duas semanas de o Benfica entrar em competição, na Supertaça Cândido de Oliveira, e logo diante do rival Sporting, o que de imediato reveste o jogo de uma importância acrescida, como todos sabemos. Afinal, dérbi é dérbi.
Mais importante que tudo para os encarnados são os jogos que se seguem, de qualificação para a UEFA Champions League. A prova milionária. Não é preciso acrescentar mais nada, pois não?...
Percebo que, neste momento, se trabalhe a todo o gás na Luz. Há muitas decisões a aproximaram-se. As desportivas já as abordei e as diretivas revestem-se de tanta ou até mais importância. Rui Costa anunciou, finalmente, a recandidatura, pelo que há umas eleições para ganhar. E a hora é de jogar todos os trunfos. Compreensivelmente. Até porque a oposição, ou melhor alguns candidatos se mostram particularmente ativos e constituem, já se percebeu, ameaça.
As eleições, por norma, não se ganham, perdem-se. Rui Costa, claro, não as quer perder. Está na presidência, logo parte em vantagem, mas também está consciente que os sócios querem vitórias, troféus, campeonatos. E isso tem escasseado nos últimos tempos, pelo que a melhor forma de convencer os adeptos é fazê-los… sonhar.
Assim entendo as muitas alterações. Dedic, Obrador e Barrenechea são apenas os primeiros. Seguir-se-ão mais. Os chamados craques, aqueles que fazem sonhar. Espero é que já tenham avisado Bruno Lage quem são…