Vizela sai de Paços de Ferreira com a camisola amarela
O primeiro jogo da Liga Portugal 2 Meu Super colocou frente a frente dois emblemas que tiveram finais de temporada muito distintos. O Paços de Ferreira esteve às portas da descida, mas conseguiu vencer o Belenenses no play-off e garantir a manutenção. No espectro oposto da tabela, o Vizela esteve muito próximo de regressar à Liga Portugal Betclic, depois de um ano de ausência, mas acabou por sucumbir perante o Aves SAD, no outro play-off a envolver uma equipa do segundo escalão.
Depois de uma cerimónia de abertura que viu Ukra exibir o troféu da competição, cumpriu-se um minuto de silêncio em homenagem a Jorge Costa. Após o tributo ao eterno capitão portista e antigo treinador da equipa da casa, começou o primeiro jogo da competição, com sinais positivos para os minhotos nos primeiros minutos.
Ao minuto 7, Mörschel ameaçou os castores com um remate ao lado, já dentro da área. Dez minutos depois, na sequência de um livre, o internacional dominicano tocou para Thio, que rematou com potência ao canto inferior esquerdo da baliza pacense, mas Marafona mostrou a sua qualidade e adiou os festejos do avançado francês, defendendo para canto.
Ao minuto 18, cumpriu-se a segunda homenagem do dia, com aplausos em memória de Diogo Jota, que se formou no clube pacense e envergava esse número na camisola.
Pouco tempo depois, ao minuto 24, a equipa da casa abriu o marcador. Costinha armou um remate que passou pelo meio das pernas do guarda-redes António Gomis. Após um livre a meio-campo batido de forma rápida por Anilson, o avançado pacense recebeu e, de ângulo apertado, aproveitou para fazer o primeiro golo da Liga Portugal 2 Meu Super.
Apesar do maior pendor ofensivo dos visitantes, era o Paços que liderava o marcador no final da primeira parte, facto que não desencorajou os minhotos.
O intervalo fez bem aos visitantes, que precisaram de pouco tempo para restabelecer a igualdade. Ao minuto 54, Bastunov recuperou uma bola na área e preparou um remate cruzado que não deu hipóteses a Marafona.
A reviravolta do Vizela foi uma operação relâmpago, já que cinco minutos mais tarde se festejava novamente em tons de azul. A construção paciente dos visitantes terminou de forma fulminante: Thio armou um remate fortíssimo de fora da área, depois de receber uma bola da esquerda e cortar para dentro. Os adeptos vizelenses assistiram de perto à rápida recuperação da sua equipa.
O Paços não conseguiu incomodar de forma consistente os minhotos, que voltaram a pôr Marafona à prova ao minuto 68, depois de um remate de Miguel Tavares. O internacional português não teve grandes problemas em defender esta tentativa do extremo do Vizela, mas não ganhou para o susto depois de mais uma oportunidade clara de Mörschel, ao minuto 78. Após investidas tímidas do Paços, o avançado atirou para a bancada vizelense, já dentro da área, depois de uma boa jogada coletiva.
Pouco depois, surgiu a principal oportunidade dos da casa na segunda parte. Lumungo fez uma excelente desmarcação e arrancada, isolando-se perante o guardião visitante. No entanto, Gomis não facilitou e manteve a vantagem para os forasteiros com uma boa defesa.
No minuto 84, a equipa treinada por Filipe Cândido sofreu mais uma contrariedade desmoralizante. João Pinto impediu uma desmarcação perigosa com ação faltosa. Recebeu amarelo num primeiro momento, mas o árbitro da partida foi chamado a rever o lance. Após análise, o jogador do Paços, que estava em campo há menos de cinco minutos, acabou por ser expulso, complicando ainda mais a missão dos visitados a pouco tempo do fim.
O resultado não se alterou e Ricardo Sousa alcançou a primeira vitória ao serviço do Vizela, no seu primeiro jogo ao comando.