Valdu marcou ao FC Porto na estreia… mas não valeu
A visita do Sintrense ao Estádio do Dragão representará uma oportunidade especial para Valdu Té, que reserva memórias muito gratas dos dragões e poderá reencontrar o emblema que apadrinhou a sua estreia no futebol profissional.
Foi contra os azuis e brancos que o atacante, que hoje representa o Sintrense, cumpriu a primeira aparição na primeira Liga, em 2018, numa altura em que era encarado como uma jovem esperança do Vitória de Setúbal e detinha uma cláusula de rescisão de 20 milhões de euros. Mais de sete anos passados e com um vínculo mais modesto, guineense recorda esse momento a A BOLA, com um sorriso.
«Foi um jogo histórico para mim, ficou na minha memória. Foi o primeiro jogo em o que o mister me deu uma oportunidade, no Vitória de Setúbal, e pude estrear-me nesse jogo, consegui fazer uma boa exibição e até fiz um golo, mas foi anulado», recorda Valdu Té.
Um momento de celebração que durou… apenas alguns instantes: aos 50 minutos dessa receção aos azuis e brancos, no Bonfim, o atacante bateu o lendário Iker Casillas, mas o lance seria invalidado por mão na bola. «Fica na memória até hoje, toda a gente olhava para mim e me dizia: fizeste um bom golo contra o FC Porto, e isso… é uma motivação que levo para toda a minha vida», assinala.
Antes, recorda, o guineense esteve perto de reforçar os restantes dois grandes, sendo que o primeiro foi o Benfica. «Quando cheguei a Portugal, o meu empresário falou com Luís Filipe Vieira, que era o presidente do Benfica na altura, para poder ir lá treinar com eles. Ele levou-me, fui para lá, mas não consegui treinar, não treinei nenhuma vez», conta. Daí, partiu para o vizinho e rival.
«Depois, fui para o Sporting. Fiquei lá, treinei lá e fiquei seis ou sete meses a treinar com eles, mas não consegui jogar por causa da documentação, não se podia inscrever jogadores com menos de 18 anos. E daí saí e fui para o Vitória de Setúbal», explica.
Agora no Sintrense, o dianteiro de 28 anos pode reencontrar-se com a história e atirar a valer perante outra figura das balizas, como Diogo Costa, ou Cláudio Ramos, desta feita no Dragão, o primeiro na condição de visitante num percurso de realce na Taça, na qual já deixou pelo caminho o Vizela (Liga 2) e o Rio Ave (Liga), ambos fazendo uso do seu Parque de Jogos.
O cenário será bem diferente num estádio como o Dragão, com lotação para 50 mil pessoas, mas Valdu retém o marco importante que todos os jogadores do emblema da Portela de Sintra poderão alcançar nas respetivas carreiras.
«Os jogos que apanhámos contra as equipas de divisão acima foram todos em casa, este jogo contra o FC Porto, na sua casa, será totalmente diferente. Vamos lá jogar, a diferença é muito grande para nós e um ambiente como este… vai ser bom para os jogadores, equipa técnica, todo o staff, poder lá jogar», anteviu.