Sporting: Diomande pode mesmo falhar o CAN? Eis o ponto da situação

O Sporting está perto de ganhar um... reforço inesperado para o arranque de 2026. Falamos de Diomande, central de 21 anos, que poderá ser riscado pelo selecionador Emerse Faé para a Taça das Nações Africanas (CAN) que arranca em janeiro. Um cenário que ganhou força pela ausência do central leonino para os jogos com Arábia Saudita (dia 14) e Omã (dia 18), dois duelos de preparação que, recorde-se, serão os últimos antes do início da competição.

E se a ausência nos compromissos costa-marfinenses nas partidas em outubro — diante das Seychelles e Quénia — foi justificada pela lesão muscular da coxa direita que afastou o central dos primeiros jogos da temporada, desta vez, com o defesa em pleno desde 28 de outubro, trata-se apenas de uma questão técnica, o que acaba por surpreender. Uma decisão que, por sua vez, poderá beneficiar os leões que podem passar a contar com uma peça importante no arranque de 2026. O Sporting, de resto, sabe A BOLA, encontra-se à margem deste processo, não interferiu em qualquer decisão sobre esta ausência e o mesmo acontecerá quanto a uma chamada ao CAN.

O crescimento de Diomande com a camisola dos leões — contratado aos dinamarqueses do Midtjylland em janeiro 2022/2023 — nunca foi, de resto, acompanhado com uma consolidação na seleção. Para se ter uma ideia... desde que chegou a Alvalade, em quase três épocas, Diomande contabiliza apenas seis jogos pela Costa do Marfim. Na última época somou apenas uma partida (derrota com a Zâmbia, 0-1, num particular), já com este selecionador e na anterior, em 2023/2024, a sua participação no CAN também gerou alguma polémica, pois apenas somou... 167 minutos, já com Emerse Faé ao leme, pela seleção que se sagrou campeã da competição.

Esse desaparecimento de Diomande nunca foi devidamente justificado pelo treinador, mas, dentro de portas, até chegou a ser comentada por Ruben Amorim, na altura técnico leonino, que não contou com o defesa num período de extrema importância.

«Assim que ele fica na bancada ou banco, falamos com ele e perguntamos o que se passa. É mesmo só opção e, quando assim é, há que respeitar as opções dos treinadores. É uma preocupação grande. São muitos dias sem cargas fortes. Não está a jogar, quando voltar vai entrar num ritmo de jogar de três em três dias. Ele, obviamente, vai ter de entrar nas contas pela qualidade que tem», frisou Amorim.

Apesar desta ausência, a chamada para o CAN, que decorrerá em Marrocos, não está completamente descartada, até porque ainda faltam algumas semanas para se conhecer a lista final. Certo é que, para já, nesta altura, esse é um cenário que começa a ganhar força. E que, por certo, agradaria os leões, que passariam a contar com uma das peças mais influentes da equipa num período de algumas decisões como, por exemplo, a final four da Taça da Liga.

Após a recuperação de uma lesão muscular, Diomande recuperou o estatuto no eixo defensivo, numa posição para a qual Debast também está de fora devido a lesão.

Além de Ousmane Diomande, que fará parte dos trabalhos de Rui Borges na próxima pausa FIFA para seleções em novembro, também Morita irá trabalhar com o treinador. O médio japonês, que teve a sua última presença em março, voltou a ser riscado pelo selecionador Hajime Moriyasu para os jogos com o Gana (dia 14) e a Bolívia (dia 18), que estão incluídos na Taça Kirin. Esta ausência, ainda assim, não surpreende, até porque o Japão já tem presença garantida no Mundial e as condições físicas do médio ainda estão longe de serem as ideais, como, de resto, justificou o selecionador nipónico na convocatória divulgada ontem.

«O Morita é um excelente jogador, foi peça-chave nas eliminatórias para a qualificação do Mundial e ajudou a equipa a vencer. Confirmei que voltou à equipa e estou a avaliar a sua condição física. Mas decidi que ainda não está na sua melhor forma, por isso não o convoquei», disse.