Sporting: a estratégia de Rui Borges para fazer de Quenda um... goleador

Se dúvida houvesse ficou desfeita após os primeiros 15 jogos oficiais do leão esta época. Apesar da desconfiança em torno da mudança de sistema e de uma possível quebra de rendimento de algumas peças influentes da época passada, eis que 2025/2026 trouxe um novo e renovado Quenda na equipa leonina. Mais arrojado, mais decisivo e mais... letal. Com formação de base num dos corredores, como jogador de linha, extremo, o jovem afirmou-se como ala no sistema de 3x4x3 idealizado por Amorim.

Com a mudança de paradigma recuperado por Rui Borges, Quenda voltou as raízes e nesta altura surge como um jogador de corredor ofensivo (que também pode ser testado em zonas interiores, como 10, como aconteceu neste último jogo com o Alverca) em zonas de maior decisão no 4x2x3x1. E os resultados estão à vista. Em apenas 15 jogos, Quenda já superou o número de golos dos impressionantes 54 jogos do ano de estreia. Com os dois que apontou diante dos ribatejanos, o ala leva 4 golos, mais um do que na época passada, e está a uma assistência de igualar os números do último ano (5).

Esta, de resto, era uma das preocupações que o extremo já havia revelado publicamente: materializar em números o seu registo ofensivo. E jogar em posições mais adiantadas é algo que, sabe A BOLA, agrada ao jogador. Pois, com essas novas funções, o extremo passará a ter um papel de maior influência, maior decisão, podendo arriscar e assumir mais o jogo ofensivo tendo uma menor preocupação com o fecho do espaço defensivo.

Essa maior objetividade e eficácia ofensiva tem sido potenciada ao máximo pelo treinador que, de resto, tal como o próprio afirmou, vê Quenda como um jogador capaz de ocupar zonas mais interiores. O duelo com o Alverca serviu de teste e Quenda passou com distinção ocupando zonas nas quais são habitualmente ocupadas por Trincão. E essa solução de recurso ganhou força para o futuro... imediato.

Este crescimento ofensivo deve-se, em tudo, às mensagens recebidas por Rui Borges que lhe vem passando a ideia de arriscar cada vez mais. Passou-lhe confiança para ele rematar mais, driblar mais, arriscar e jogar sem medo do risco. Uma maior liberdade, também nas palavras, para Quenda se sentir mais solto dentro de campo. Os resultados, esses, estão à vista mas Rui Borges quer mais. E Quenda também está apostado em dizimar todos os números alcançados na temporada passada, a primeira de leão ao peito na equipa principal e que, recorde-se, valeu-lhe já uma transferência milionária para o Chelsea...

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