Santa Clara-Sporting - Foto: EDUARDO COSTA/LUSA
Santa Clara-Sporting - Foto: EDUARDO COSTA/LUSA

Santa Clara indignado com as datas dos jogos com o Sporting e o Arouca

Clube açoriano emitiu um comunicado em que acusa a Liga Portugal e o Arouca, por não terem colaborado em encontrar uma data alternativa para a realização do jogo entre ambos, três dias depois do encontro com o Sporting, para a Taça de Portugal

Em comunicado, o Santa Clara contesta a data do jogo com o Arouca, da 15.ª jornada e marcado para 21 de dezembro no Estádio de São Miguel, em Ponta Delgada. Os açorianos apontam à proximidade do encontro com o Sporting, que se realiza tês dias antes no mesmo local, o único jogo desta eliminatória da Taça de Portugal a jogar-se a 18 de dezembro, indicando que será a equipa que menos dias de descanso terá em relação ao jogo da Liga, ao contrário do Sporting, que joga a 23, em Guimarães.

Os açorianos acusam a Liga Portugal pela marcação do jogo com o Arouca 72 horas depois, alertando que «caso haja lugar a prolongamento e/ou penáltis contra o Sporting, entraremos no limite das determinações da FIFA no que diz respeito às 72 horas de intervalo entre jogos». Os açorianos lamentam ainda que o «Diretor do Departamento de Competições da Liga, Pedro Santos, nem esteja disponível para atender funcionários do Santa Clara na tentativa de atingir uma resolução».

E acusam também o Arouca, que não colaborou para ser encontrada outra data, «escudado na ausência de voos para Ponta Delgada em datas alternativas», quando a 28 de novembro o Santa Clara «apresentou e comprovou à Liga Portugal que existem alternativas de voos para Ponta Delgada, que viabilizariam competir, por exemplo, no dia seguinte (22 de dezembro)».

Leia o comunicado do Santa Clara na íntegra:

A Santa Clara, Açores – Futebol, SAD vem por este meio sublinhar a sua profunda indignação com a aparente – e totalmente injustificada – intransigência da Liga Portugal em alterar a data do nosso jogo da 15.ª jornada, contra o FC Arouca.

Desde que se debateu o calendário competitivo para esta fase, o Santa Clara solicitou prontamente à Liga Portugal que este embate pudesse ser disputado numa data posterior a 21 de dezembro, uma vez que, escassas 72 horas antes, acolhe no Estádio de São Miguel um importante duelo com o Sporting para a Taça de Portugal.

Aparentemente escudado na ausência de voos para Ponta Delgada em datas alternativas, o Arouca recusou tal cenário.

Porém, importa trazer à luz a verdade dos factos. Já no último dia 28 de novembro (!), o Santa Clara – excedendo inclusive as suas obrigações – apresentou e comprovou à Liga Portugal que existem alternativas de voos para Ponta Delgada, que viabilizariam competir, por exemplo, no dia seguinte (22 de dezembro).

Esta SAD não entende – pelo simples facto de não ter qualquer justificação – o facto de o Santa Clara ser a única equipa a competir para a Taça de Portugal no dia 18 de dezembro e que é obrigada a voltar a entrar em campo três dias depois, quando os outros emblemas na mesma situação só jogam mais tarde, tendo, naturalmente, um maior período de descanso.

Apenas a título de exemplo, o nosso adversário na Taça de Portugal, depois de deixar os Açores, só volta a jogar dia 23, em Guimarães. E este é, de facto, o bom exemplo. Aquele que busca preservar a integridade das competições.

A Liga Portugal e o FC Arouca sabem – porque o Santa Clara enviou a documentação a comprová-lo já há vários dias – que existem alternativas. Por isso, deixamos também o desafio para que seja explicado o motivo de o Santa Clara ser a equipa com menor período de descanso entre os quartos de final da Taça de Portugal e a 15ª ronda do campeonato.

Por que tem o Santa Clara de cumprir três jogos oficiais (Sp. Braga, Sporting e Arouca) no intervalo de apenas seis dias, quando não existe qualquer justificação para que esta última partida não seja disputada, por exemplo, dia 22?

Esta injustificada intransigência na recalendarização coloca, naturalmente, em causa a integridade das competições e a justiça desportiva.

Afinal, caso haja lugar a prolongamento e/ou penáltis contra o Sporting, entraremos no limite das determinações da FIFA no que diz respeito às 72 horas de intervalo entre jogos.

A manter-se esta esdrúxula marcação do compromisso da 15.ª jornada do campeonato, fica bem patente mais uma grave questão a resolver no futebol nacional.

Esta SAD considera igualmente bizarro que, perante um cenário deste género, o Diretor do Departamento de Competições da Liga, Pedro Santos, nem esteja disponível para atender funcionários do Santa Clara na tentativa de atingir uma resolução.

O Santa Clara merece o mesmo respeito que os demais.

O Santa Clara representa um povo, uma região, e jamais se calará perante a injustiça.