Polémica na Polónia: selecionador responde a Lewandowski
Aos 36 anos, Robert Lewandowski anunciou que não jogará mais pela seleção da Polónia enquanto Michal Probierz for o selecionador, justificando a sua decisão com a «falta de confiança» do técnico.
Esta segunda-feira, Michal Probierz aproveitou a conferência de imprensa de antevisão ao encontro com a Finlândia, a contar para a qualificação para o Mundial 2026, para dar a sua versão dos factos.
«Acordámos com o Robert que não viria à concentração. Na quarta-feira soube que ia voar para despedir-se do Grosicki. Depois do último jogo e de falar com muitos jogadores e membros da equipa técnica, tive um dia para analisar a situação e tomar uma decisão. Decidi que haveria uma mudança de capitão. Decidi que era um bom momento para ceder a braçadeira a outra pessoa», disse.
«Eu e o Lewandowski falámos um pouco e informei-o que devíamos mudar alguma coisa. Disse-lhe que Zielinski seria um melhor capitão neste momento. Disse-me que a braçadeira não significa nada e que nada mudava. Então toda a equipa ficou a saber e ouviram um excelente discurso do Zielinski. Lewandowski ligou-me mais tarde e devolvi-lhe a chamada. Queria que anunciasse publicamente a mudança de capitão. Não concordei, porque era a minha decisão. Fiquei a saber pela comunicação social que renunciou à seleção. Ninguém lhe fechou as portas da seleção. Desejo-lhe muita sorte. Para mim, o mais importante é simplesmente a seleção e o bem da equipa. Tenho a consciência da responsabilidade desta decisão e creio que ajudará», acrescentou.
Questionado sobre uma possível reconciliação, Probierz foi claro: «Sou uma pessoa aberta e acho que tudo é possível. Respeito o Robert e ninguém lhe vai tirar a oportunidade de jogar na seleção.»
Zielinski também se pronunciou: «É uma grande honra e responsabilidade. Farei todos os possíveis para ganhar os jogos. Não vou falar da decisão do Lewy. Sabemos que é excecional. Não faz sentido estar a especular. O selecionador tomou a decisão e respeito-a. Quem quiser vir à seleção, vem. O que conta agora é o bem da equipa.»