Petit, treinador do Rio Ave
Petit, treinador do Rio Ave - Foto: IMAGO

Petit: «Queremos chegar aos 40 pontos»

Treinador do Rio Ave fez a antevisão do jogo com o Gil Vicente, em Paços de Ferreira, relativo à última jornada do campeonato. Não assume a saída do clube e anuncia a titularidade do capitão Vítor Gomes no jogo em que se despede dos relvados

Petit quer terminar a presente edição da Liga com uma vitória sobre o Gil Vicente, na jornada em que encerra a edição 2024/2025 da Liga portuguesa. O treinador não confirmou o seu adeus ao emblema de Vila do Conde e focou-se apenas em ganhar na derradeira jornada, procurando superar a pontuação do que o clube alcançou na época passada (37 pontos).

Pode confirmar a sua saída do Rio Ave? «Não, acho que o mais importante é o jogo de amanhã. Disse no jogo anterior que não era o Petit que interessava, mas sim aquilo que são os objetivos do Rio Ave e aquilo a que nos propusemos. Chegámos aos 37 pontos, igualámos a pontuação da época passada e amanhã temos mais três pontos em disputa. Temos um lugar na tabela classificativa que queremos manter, que é o décimo lugar. Queremos chegar aos 40 pontos e depois do jogo falaremos sobre a minha situação, que é o menos importante.  Como vos disse, ao longo de oito, dez anos estive sempre para trabalhar, isso não me preocupa. O que me preocupa é amanhã fazer um bom jogo, ganhar, fazer uma boa despedida ao nosso capitão, que é o mais importante», disse.

A curiosidade com Vítor Gomes: «Estreou-se contra mim»

O treinador abordou, por outro lado, o final de carreira do capitão Vítor Gomes, que se despede dos relvados neste jogo. «Já conhecia o Vítor de ter jogado contra ele. Aliás, ele estreou-se contra mim na altura. Eu estava no Benfica e foi num jogo aqui em casa do Rio Ave. Foi alguém que gostei muito de conhecer como pessoa e como profissional. Foi um dos melhores capitães que apanhei a nível de liderança. Notei, ao longo destes meses em que estivemos cá, o respeito que os jogadores tinham por ele, por aquilo que ele transmitia, por aquilo que ele fazia também nos treinos. A pessoa que era também fora de campo. Acho que é uma justa homenagem o que vão fazer por parte do Rio Ave amanhã e desejo-lhe já as maiores felicidades. Para mim, foi um privilégio trabalhar com ele, treiná-lo e vou guardá-lo. Vou ser amigo, vamos ter muitos almoços porque é uma pessoa que faz falta ao futebol e é pena, mas tudo tem um fim no futebol e desejo as maiores felicidades para ele e para a sua família», disse, confirmando a titularidade do médio contra o Gil Vicente.

Vítor Gomes foi um dos melhores capitães que apanhei a nível de liderança. Notei o respeito que os jogadores tinham por ele, por aquilo que ele transmitia. Acho que é uma justa homenagem o que vão fazer por parte do Rio Ave

Petit não quis fazer já um balanço dos meses em que orientou o emblema da Caravela. «Não vou fazer o balanço porque ainda falta esse jogo. Mas penso que se podia ter feito algo mais, mas foi fruto também de alguma imaturidade da equipa, também da muita juventude que nós temos, das várias nacionalidades, de 24 jogadores que entraram na época, das mudanças em janeiro, para que entrassem outros jogadores também com muita juventude. Nós treinadores dizemos sempre que poderíamos ter mais pontos, mas é o que é. Temos três amanhã em disputa, mas quanto ao crescimento desta equipa, poderíamos ter mais pontos, como se viu ainda no jogo passado em que estás a ganhar 3-0 e depois deixas-te empatar, fruto de alguma imaturidade dentro da equipa. Poderíamos ter segurado o resultado de outra maneira. Mas é uma equipa que está muito mais preparada para o futuro, ficando aqui uma base de jogadores, para que possa se manter, pois a experiência e o conhecimento do jogo já eles têm durante um ano. Por isso poderíamos ter feito mais alguns pontos, mas amanhã temos mais três para poder conquistar», frisou.

O treinador dos rioavistas explicou, por outro lado, como se motiva uma equipa para um derradeiro jogo em que pouco ou nada há a ganhar: «Sempre disse que no futebol a nossa motivação tem que estar sempre presente e a última imagem é que fica. Se conseguirmos fazer os três pontos e chegar aos 40, com um plantel todo renovado, com um plantel jovem, fazendo um campeonato tranquilo... Ter chegado a uma meia-final da Taça, acho que houve valorização dos ativos que nós temos aqui, penso que é um trabalho bem feito. Balanço positivo? Não, porque ainda faltam estes três pontos que queremos muito. Mas desde a nossa chegada aqui não foi fácil. Foi um dos desafios mais difíceis que tive como treinador de futebol, porque não é fácil teres 13 nacionalidades, 24 jovens a chegar, sem se conhecerem uns aos outros e como equipa. Foi um desafio que gostei muito, mas que deu trabalho e amanhã temos mais esses três pontos para podermos acabar bem». 

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