Troy Parrott bisou frente a Portugal na primeira parte em Dublin
Troy Parrott bisou frente a Portugal na primeira parte em Dublin - Foto: IMAGO

Parrott piou mais alto do que todos: as notas dos jogadores da Irlanda

Avançado irlandês rendeu o titular Ferguson, lesionado, e marcou os dois golos da derrota de Portugal em Dublin, dando esperanças ao seu país de um apuramento para o Mundial 2026

A estratégia da Irlanda em Dublin foi a mesma que em Alvalade, mas a diferença, além do resultado, foi que, com o apoio dos seus adeptos, os jogadores conseguiram partir muito mais vezes para o contra-ataque. Não só mantiveram a baliza a zeros, algo que não foi possível em Lisboa só por causa do cabeceamento de Rúben Neves em cima do minuto 90, como marcaram dois golos, depois de um jogo ofensivo nulo em Portugal.

Com uma linha de cinco, a defesa irlandesa foi muito sólida e não permitiu grandes oportunidades de golo aos portugueses, a quem deu a posse de bola e aproveitava erros para partir rapidamente para o contra-ataque. Os três centrais - Collins, O'Shea e O'Brien - foram imperiais no jogo áereo, não deixando passar nada, sendo que o terceiro ainda conseguiu sacar a expulsão de Cristiano Ronaldo aos 60 minutos. Os laterais Coleman e Scales também estiveram bem, o capitão a fechar o lado direito e o lateral-esquerdo até chegou a assistir o primeiro golo.

Muitas vezes era a defesa quem lançava o contra-ataque - a assistência do segundo golo até é de O'Shea -, com os médios Taylor e Cullen preocupados mais em defender e fechar os espaços à frente da linha defensiva do que em ligar o jogo. Aliás, muitos dos ataques até foram lançados precisamente pelo guarda-redes, que também esteve em destaque com cinco defesas, algumas delas complicadas, incluindo a de Gonçalo Ramos perto do final.

Kelleher defendia e imediatamente lançava a bola para a frente, principalmente para Parrott, mas com Ogbene e Azaz também atentos a esse momento de jogo. Os três também foram um constante perigo e Portugal nunca conseguiu contrariar estas transições, apesar dos golos não terem surgido propriamente assim. No final, já com o jogo resolvido e com superioridade numérica com a expulsão de CR7, os suplentes só entraram em campo para cumprir minutos e manter o resultado, não acrescentando muito ao jogo.

Homem do jogo: Troy Parrott (8)
Nem era para ser titular, mas o avançado do AZ Alkmaar acabou por ser o herói do encontro, ao marcar os únicos dois golos. Suplente utilizado no último estágio, tendo entrado também nos últimos minutos em Alvalade, Parrott rendeu o lesionado Ferguson no centro de ataque e provou ser uma grande alternativa. O primeiro golo surgiu de cabeça, de canto, mas o segundo já foi de bola corrida e mostrou muita qualidade com os pés a definir. Antes desta partida, Troy tinha apenas um golo oficial pelo seu país - outros quatro em particulares - e só esta noite fez mais dois.

As notas dos jogadores da República da Irlanda: Kelleher (8); Coleman (7), Collins (7), O'Shea (8), O'Brien (7) e Scales (7); Azaz (6), Taylor (6) e Cullen (6); Ogbene (7) e Parrott (8); Idah (5), Coventry (5), Ebosele (-), Johnston (-) e Dunne (-)