Os destaques do FC Porto: Gonçalo Borges com o gás todo e Alan Varela de outra dimensão
Cláudio Ramos — Noite tranquila para o guarda-redes do FC Porto, que raramente foi chamado a intervir. Resta saber se sujou o equipamento, tal a inoperância ofensiva de uma equipa que precisa de muito mais para jogar a Liga dos Campeões. Ainda assim, aplicou-se na primeira parte, num dos raros lances em que o Sturm Graz se aventurou no ataque e evitou que o desvio do Biereth tomasse a direção da sua baliza
Zé Pedro — Exibição sem mácula do defesa-central, que terminou a época passada como titular, na final da Taça de Portugal diante do Sporting e vai somando pontos e confiança junto do treinador Vítor Bruno. Imperial no corte e com uma precisão grande no passe. Foi um dos garantes da segurança defensiva, funcionado bem na dupla com David Carmo.
David Carmo — Teve um enorme corte logo aos dois minutos, mostrando claramente que é um jogador rejuvenescido após um empréstimo que teve aos gregos do Olympiakos. Sente-se que está com mais confiança, muito por culpa da conversa que teve com Vítor Bruno. Procura ganhar o seu espaço e vai dar forte luta a Otávio pelo lugar no lado esquerdo do eixo defensivo dos azuis e brancos.
Martim Fernandes — Nem parece ter a idade que tem, tal a forma descomplexada como se comporta dentro das quatro linhas. Perante a ausência de Wendell e do lesionado Zaidu, tem sido aposta no setor canhoto da retaguarda e voltou a cumprir na perfeição a tarefa que lhe foi confiada. Muito assertivo a defender e também grande propensão ofensiva. Operou cruzamento (aos 33 minutos) para a cabeçada triunfal de Grujic e ainda fez um corte providencial, evitando que o Sturm Graz alcançasse o 1-1 logo no recomeço da segunda parte.
Nico González — Numa posição mais adiantada do terreno, numa espécie de número 10, o espanhol vai soltando magia, embora tenha dado mostras de algum cansaço físico. Porém, enquanto teve forças, foi sempre dinâmico, aparecendo mais no corredor central, mas amiúde nos flancos, trocando com frequência com Iván Jaime. Tanto a atacar como a defender, mostrou enorme competência nessa nova função, que, aliás, lhe parece agradar bastante.
Iván Jaime — Voltou a jogar encostado à linha, mas com liberdade total para movimentos interiores. Teve três remates perigosos, mas sobressaiu sobretudo pela simplicidade de processos que teve ao colocar João Mário na cara do guarda-redes contrário. Também parece ser um jogador renovado e com a alma cheia de esperança.
Namaso — Apesar de Toni Martínez ser o melhor marcador nesta pré-época, Vítor Bruno entendeu por bem que, face ao plano de jogo, o inglês daria mais garantias face à forma como joga o Sturm Graz. E em boa hora o técnico portista lhe deu a titularidade, pois justificou em campo ser primeira opção, já que esteve muito aplicado no ataque, mas também a compensar defensivamente. Belo desvio no 0-2, embora o cruzamento de Gonçalo Borges fosse praticamente meio golo. Está muito focado no trabalho e pode também ser uma opção válida para a frente de ataque, mesmo com o regresso iminente de Evanilson.
André Franco — Ajudou a equipa a manter a bitola exibicional, posicionando-se no lugar que estava destinado a Iván Jaime.
Vasco Sousa — Abnegado, somou alguns minutos na pré-temporada, numa altura em que o seu futuro é ainda uma incógnita.
Fran Navarro — Entrou com muita vontade e tentou pelo menos duas vezes colocar Rodrigo Mora em boa posição para marcar.
Rodrigo Mora — O menino bonito da formação trouxe dinâmica à equipa e, não fossem dois cortes, podia ter ampliada a vantagem.