Nelson Oliveira no 'crono' do Europeu: «Curto e plano, para fazer sempre a fundo!»
Nelson Oliveira está recuperado de lesão numa mão, contraída em meados de agosto, logo após a destacada participação na Clássica de Hamburgo, em que esteve em fuga durante 186 quilómetros até ser neutralizado pelo pelotão praticamente sobre a meta, mas na qual se impôs, com espanto, um dos seus integrantes, o irlandês, quase desconhecido, Rory Townsend, da equipa Q36.5.
O mais experiente dos corredores da Seleção Nacional nos Campeonatos da Europa de Estrada, que arrancam esta quarta-feira com as provas de contrarrelógio, é o detentor do melhor resultado de um português nesta prova individual, o 4.º lugar na primeira edição da competição continental de elites, em 2016, realizada em Plumelec, França.
O bairradino, de 36 anos, encara mais um desafio com reservas, mas otimismo:
«Já estou recuperado da lesão na mão, mas demorou seis semanas... Só tenho treinado na bicicleta de contrarrelógio e por isso só farei esta prova nestes Europeus. Espero não ter dores, mas estou para sofrer...», começou por declarar a A BOLA.
O corredor da equipa Movistar aponta um objetivo na classificação. «Se tudo correr bem, gostaria de ficar no top-10, porque está cá a maioria dos melhores especialistas. A concorrência é forte, mas é mesmo assim», afirmou.
Sobre o percurso, a que fez o reconhecimento na manhã desta terça-feira, na companhia do compatriota João Almeida, que também participará no contrarrelógio (juntado-o à corrida de fundo, no domingo), Nelson Oliveira foi esclarecedor.
«É bastante simples, nada técnico e quase todo plano. A distância é relativamente curta para competições destas [Europeus e Mundiais] e uma subida de cerca de 1,3 km a coincidir com a meta. O principal fator a ter em conta será mesmo o vento forte que se sopra à tarde nesta zona. Mas é para fazer a fundo!», assumiu, revelando que encerrará a temporada após a conclusão desta prova: «Há seis semanas que não toco na bicicleta normal, e com a minha equipa [Movistar] decidimos encerrar por aqui a época».