Mundial Andebol: «Foi a paixão que nos trouxe até aqui»
Quase sem tempo para respirar, depois da derrota nas meias-finais com a Dinamarca, Portugal enfrenta, hoje, a França à procura do terceiro lugar no Mundial, que pode acrescentar mais uma página à história dos Heróis do Mar nesta prova.
Um missão complicada, mais uma, frente aos campeões europeus, mas a Seleção Nacional está pronta, garante o ponta-direita António Areia. «Errar contra a Dinamarca não é como errar contra outra seleção qualquer, não é? O preço é muito alto. Sabíamos que não podíamos cometer muitos erros e em todos os erros que cometêssemos íamos sofrer golos. E depois é um bocado no desenrolar do jogo, cometer erros, sofrer golos fáceis entre as ações deles, um guarda-redes excelente... Foi fatal», avaliou o jogador.
Brave, strong, talented. Emil Nielsen in goal with a superb performance. And Denmark in the final, once again 🇩🇰⚡️#CRODENNOR2025 #inspiredbyhandball @DanskHaandbold pic.twitter.com/NgfMiGKJtJ
— International Handball Federation (@ihfhandball) January 31, 2025
Porém, esse desaire já é passado, garante. «Isto não abala em nada o espírito que temos tido durante a competição, os nossos objetivos de ganhar a medalha que tanto desejamos. Estão intactos. Portanto, estamos tranquilos e preparados para jogar com a França, uma velha conhecida», atira.
«Vejo que a Dinamarca, neste momento, está a um nível superior em relação a quase todas as seleções, senão mesmo a todas. A um nível muito superior, mas a França também é um colosso, são campeões europeus!», recorda. «É uma equipa que já ganhou muito, é um grande desafio», considerou. «Se calhar, a única vantagem é que já não é a primeira vez que vivem estes palcos, estes momento decisivos, ao contrário de nós. Conhecemos melhor a França do que conhecíamos a Dinamarca, mas eles também nos conhecem melhor. Temos de saber jogar com com isso. O facto de já lhes termos ganho mais do que uma vez também serve de motivação, porque não ganhámos por acaso e é nesta perspetiva que vamos para cima deles», avisou.
The road is complete. 𝐁𝐑𝐈𝐍𝐆 𝐎𝐔𝐓 𝐓𝐇𝐄 𝐒𝐈𝐋𝐕𝐄𝐑𝐖𝐀𝐑𝐄 🏆#CRODENNOR2025 #inspiredbyhandball pic.twitter.com/eTurv8ss8Y
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Sem querer fazer grandes contas, António Areia acredita que a chave do encontro pode estar na gestão das emoções. «Neste momento vivemos um período de alegria, mas temos de ter os pés no chão e muita atenção. É preciso gerir emoções e nós somos bons nisso, às vezes, outras nem tanto porque somos um povo muito dado a emoções. Mas quando se joga meias-finais e agora terceiro e quarto lugar é preciso gerir muito bem as emoções. Há muitas coisas que contam, principalmente a experiência que a França tem a jogar nestas fases dos campeonatos e nós não. Não sei falar de probabilidades, mas temos hipóteses», diz sorridente o internacional, que esta época trocou a camisola do FC Porto pela dos franceses do Tremblay HB.
Victor Iturriza, a pivot with an artist soul 🎨#CRODENNOR2025 #inspiredbyhandball @AndebolPortugal pic.twitter.com/JWaET0INK7
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«É um orgulho estar neste grupo. A emoção que temos no jogo, a garra, toda a paixão que temos por este desporto, acho que isso se transmite na forma como jogamos e como lidamos uns com os outros em campo. E a relação que temos cá fora também ajuda bastante. Por isso, acho que é um bocado isto...A união... A paixão, sim, a paixão. Tenho a certeza que foi uma das coisas que nos levou a chegar tão longe neste Mundial», rematou.