Miguel Oliveira não atira a toalha ao chão. IMAGO

Miguel Oliveira: «Pontos fracos da moto foram demasiado evidentes»

Piloto português conformado com a prestação da Yamaha que o deixou em 18.º lugar e que levou o francês Fabio Quartararo a dizer que não sabem mais o que fazer

Miguel Oliveira largou da 18.ª posição e concluiu as 14 voltas a 21,581 segundos do vencedor, Marc Márquez, que bateu o irmão Alex Márquez (Gresini) por 1,180 segundos, com o também espanhol Pedro Acosta (KTM) em terceiro, a 3,126.

«Simplesmente daqueles dias onde tudo a funcionar normal não chega. Saí bem da minha posição e ainda fiz algumas ultrapassagens mas os pontos fracos da mota foram demasiado evidentes», disse o piloto português. «Outra oportunidade amanhã», rematou conformado nas redes sociais, referindo-se à corrida principal do Grande Prémio da Áustria.

O piloto natural de Almada tem referido as dificuldades com a aderência da sua Yamaha ao longo do fim de semana na pista austríaca, a mesma onde festejou, em 2020, a primeira das cinco vitórias que já conquistou em MotoGP.

«Esperava um dia difícil mas, sinceramente, acabou por ser mais difícil do que o esperado, sobretudo porque não havia nada que pudéssemos fazer para melhorar a situação», revelou depois à imprensa. Num circuito com muitas curvas lentas em que é preciso muita aceleração, as Yamaha têm sofrido com os pneus com o asfalto austríaco a chegar aos 45.º.

«A minha primeira sensação era a de que tinha um pneu defeituoso, porque a roda traseira derrapava mesmo nas travagens. Foi uma luta para parar a moto. Não interessava o que eu fizesse, seja mudar a trajetória, seja adotar uma condução mais suave. Simplesmente não conseguia reagir às mudanças de ângulo», contou. «É muito frustrante terminar o dia assim. Vamos tentar manter-nos positivos para amanhã mas espero outra corrida difícil», lamentou o piloto da Prima Pramac.

Do mesmo mal se queixa o francês Fabio Quartararo, campeão do Mundo em 2021, que hoje revelou a imagem que tem da sua Yamaha. «Estamos numa situação em que não sabemos o que fazer». O ritmo da M1 deixa muito a desejar, seja problemas com pneus e aderência, seja a potência e Quartararo terminou em 11.º, enquanto ocupa o nono posto no Mundial.

A cinco voltas do final, Marc Márquez assumiu o comando, para cortar a meta com mais de um segundo de vantagem sobre Alex, festejando o sexto triunfo consecutivo em corridas sprint este ano, 12.º da temporada em 13 corridas.

Com estes resultados, Marc Márquez dilatou a vantagem no campeonato sobre Alex Márquez, que é segundo, enquanto o italiano Francesco Bagnaia (Ducati), que desistiu à oitava volta, é terceiro. Marc Márquez tem, agora, 393 pontos contra os 270 de Alex, enquanto Bagnaia tem 162.