Marco Silva, treinador do Fulham, em Craven Cottage
Marco Silva, treinador do Fulham, em Craven Cottage - Foto: IMAGO

Marco Silva arrasa arbitragem: «Se seguirmos as regras...»

Treinador português do Fulham criticou a decisão em marcar a grande penalidade falhada por Bruno Fernandes e também pediu a intervenção do VAR no golo do Manchester United

O Fulham conseguiu recuperar da desvantagem no marcador e travar o Manchester United (1-1), de Ruben Amorim, mas Marco Silva não ficou satisfeito pelo ponto, criticando duramente a equipa de arbitragem liderada por Chris Kavanagh. As queixas são relativamente à marcação da grande penalidade falhada por Bruno Fernandes e também pelo VAR ter validado o golo do adversário.

«Gostaria de explicar tudo sobre as decisões do VAR desta tarde, mas não posso. Não posso, porque foram diferentes em muitos aspetos. Foi incrível ver duas faltas ao mesmo tempo, Shaw em Rodrigo e Bassey em Mount, ambas faltas, e viram que a falta de Bassey foi meio segundo antes da falta de Shaw em Muniz», começou por dizer, no final do jogo à Sky Sports, queixando-se da intervenção do VAR para assinalar um penálti e falando também do autogolo de Rodrigo Muniz.

«Depois, a segunda [o golo do United]. Acho que o que vi foi o que todos viram no estádio, todos no mundo viram. Dois jogadores estavam isolados num canto e um jogador [Yoro] empurrou o outro [Bassey] para cabecear a bola. Se seguirmos as regras, sabemos o que vai acontecer. Gostaria que esse tipo de decisões fossem sempre as mesmas. Simples assim», atirou, gostando apenas da reação dos seus jogadores.

«Satisfeito com o ponto? Estou satisfeito com a reação, satisfeito com a forma como recuperámos na segunda parte após um golo que deveria ter sido anulado, com a forma como terminámos o jogo, satisfeito com a forma como os jogadores entraram em campo e com a forma como jogámos contra uma grande equipa como o Man. Utd novamente», explicou, analisando o jogo em si.

«O Manchester United começou melhor do que nós. Nos primeiros 20 minutos, eles foram melhores, perdemos a maioria dos duelos 50/50 e, quando se perde os duelos, chega-se tarde às jogadas. Eles tiveram capacidade para começar a criar problemas. Demorámos muito tempo a ajustar-nos em termos de reação e de tomar as decisões certas com a bola e deixámos que eles pressionassem da forma que queriam. Depois disso, começámos a estabilizar um pouco o nosso jogo e começámos a encontrar os nossos três médios e a criar uma superioridade nessa zona e, a partir daí, o jogo ficou mais equilibrado», disse, abordando a segunda parte.

«Na segunda parte, fomos melhores, mesmo quando eles marcaram, foi no nosso melhor momento do jogo. A reação, a compostura e a mentalidade dos rapazes foram excelentes. Os jogadores que entraram no jogo na segunda parte tiveram um impacto enorme. Depois do 1-1, estivemos mais na frente e eles só chegaram à nossa área em jogadas ensaiadas. Nada mais. Criámos bem, chegámos a áreas perigosas e precisávamos de ser mais clínicos e implacáveis», acrescentou, enaltecendo a importância de fechar contratações até ao final do mercado.

«Claro que estou a elogiar os nossos rapazes, mas estamos com falta de jogadores em muitas posições. Eu disse antes do jogo que o plano que tínhamos não deu certo. Temos tantas coisas para fazer. Os jogadores precisam de competições internas», finalizou.