Laurentino Dias apresenta candidatura «de continuidade» ao COP pelo «legado de José Manuel Constantino
Oito dias depois da apresentação oficial da candidatura de Fernando Gomes pela presidência do Comité Olímpico de Portugal e na véspera da data-limite da formalização das listas concorrentes, foi também na sede do organismo, em Lisboa, que Laurentino Dias apresentou formalmente a sua lista candidata ao ato eleitoral, que se realizará no dia 19 de março.
O antigo deputado e secretário do Desporto protagonizou um discurso com cerca de meia hora de duração perante uma plateia muito bem composta, entre a qual se encontravam diversos presidentes das várias federações desportivas do país, também Joaquim Evangelista, antigo presidente do Sindicato dos Jogadores e membro eleito para a Federação Portuguesa de Futebol e antigos atletas olímpicos como Fernanda Ribeiro, Fernando Mamede ou Naide Gomes.
No final, Laurentino Gomes concedeu declarações à imprensa presente e reconheceu que a sua candidatura será de continuidade relativamente ao mandato anterior, conduzido pelo recentemente falecido José Manuel Constantino.
«Em grande medida, será. Temos muito orgulho no legado de José Manuel Constantino e tenho muito orgulho em ter, na nossa lista, pessoas que com ele trabalharam e que o ajudaram a fazer deste Comité Olímpico uma instituição de alta qualidade e excelência», assumiu.
No seu discurso e na sua intervenção junto da imprensa, Laurentino Dias prometeu «pelo menos manter» o trabalho desenvolvido nos últimos anos pelo COP e administrar de forma exemplar a verba disponibilizada pelo Governo no contrato-programa anunciado em dezembro último, mas recusou liminarmente que a organização de Jogos Olímpicos em Lisboa possa um dia ser uma possibilidade.
«Direi uma resposta simples: impossível. Portugal não tem nenhuma para organizar Jogos Olímpicos, que são hoje uma organização brutal, que procura países e cidades com uma dimensão que nós não temos em Portugal. Vamos fazer competições à nossa medida, por exemplo os Jogos do Mediterrâneo em 2027, no Algarve», assinalou, por fim.