Luís Godinho dirigiu o Tondela-FC Porto - Foto: Imago
Luís Godinho dirigiu o Tondela-FC Porto - Foto: Imago

Golos bem anulados e apenas um erro: a análise de Pedro Henriques à arbitragem do Tondela-FC Porto

Boas decisões de Luís Godinho, contando com a ajuda do VAR num dos golos anulados. Único erro foi um amarelo 'trocado'

29’ No lance que ocorreu na área dos dragões, esteve bem o árbitro em nada assinalar, pois ambos os jogadores estão a agarrar-se. Kiwior, com a mão direita, está a agarrar a camisola de Jordy, e este, com a sua mão esquerda, está a puxar a camisola do seu adversário.

20’ Brayan Medina tem, por momentos, as duas mãos nas costas de Samu, já no interior da área, sem que esse contacto tenha tido qualquer impacto ou consequência. Não agarrou, empurrou ou impediu que o avançado espanhol dos dragões pudesse jogar a bola. Tudo certo e sem razão para castigo máximo.

33’ O golo portista foi inicialmente validado pelo assistente, mas posteriormente corrigido pelo VAR, pois, no momento do passe para Rodrigo Mora, este está adiantado (25 cm) em relação ao penúltimo adversário, que, na ocasião, era Tiago Manso.

Positivo
As poucas faltas assinaladas (19) e o tempo útil de jogo (60%) que materializam o facto de o árbitro ter deixado jogar.
Negativo
Um erro apenas num cartão amarelo que era ao contrário, mas onde o VAR não podia intervir.

38’ Neste lance, onde o árbitro assinala livre direto a favor dos dragões e mostra cartão amarelo a Yaya Sithole por, supostamente, ter pontapeado Alan Varela, as repetições, que são esclarecedoras, mostram que a decisão não só foi incorreta tecnicamente como também disciplinarmente. Foi o jogador portista que fez a falta, pisando o pé do seu adversário, e, ao fazê-lo com os pitons e de sola, teve uma entrada negligente. Ou seja, era o médio argentino que deveria ter visto o cartão. Mais do que o erro, que para este jogo acaba por ter pouco impacto, levanta-se a questão do alargamento do protocolo e da intervenção do VAR. E se o jogador do Tondela mais à frente visse um segundo amarelo e fosse expulso? É por isto mesmo que se está a discutir não só outras funções e intervenções do vídeo-árbitro, como também a implementação do “suporte de vídeo” para possibilitar a intervenção dos treinadores pelo menos duas vezes por jogo. Para refletir.

43’ Moudjatovic e Alberto discutem o espaço e a bola na área do Tondela, mas o avançado da Costa do Marfim, em missão defensiva, ao esticar a perna esquerda para trás, não pisa Alberto Costa e ambos usaram os braços. Tudo legal.

45’ Foram dados três minutos de tempo extra, para recuperação do tempo perdido, em função do golo anulado aos dragões por fora de jogo, que esteve em análise no VAR, e pelo cartão amarelo que foi mostrado. A contagem do tempo foi correta.

45+2' O golo do Tondela foi bem invalidado por uma dupla falta cometida por Brayan Medina, primeiro com a sua mão direita sobre Victor Froholdt e depois com o cotovelo esquerdo a carregar por trás no pescoço de Alan Varela. Bem o árbitro.

49’ O segundo golo dos dragões não foi precedido de qualquer infração. Na ocasião, William Gomes desarma o guarda-redes tondelense Bernardo Fontes, tocando apenas com a ponta da bota esquerda na bola. Boa decisão do árbitro validada pelo VAR.

60’ Cartão amarelo bem mostrado a Tiago Manso por pontapear, com o seu pé direito, o joelho esquerdo de Pepê numa entrada negligente, quando este já fugia com algum perigo pelo corredor esquerdo do ataque portista.

90’ Foram dados quatro minutos de tempo extra para recuperação do tempo perdido, mas que foram escassos para as incidências do segundo tempo. Um cartão amarelo, seis paragens para substituições, nas quais entraram dez jogadores no total, e os dois golos obtidos no segundo tempo justificavam mais tempo adicional.

90+1’ Cartão amarelo bem mostrado a Francisco Moura por uma entrada negligente, na ocasião junto à linha lateral no corredor esquerdo, conforme os dragões estavam a defender. Pisou, com o seu pé esquerdo e de sola, o pé direito de Tiago Manso.

NOTA DO ÁRBITRO - 7