Francisco Rocha: «Comecei a achar que ia conseguir entrar no quadro principal...»
Apesar da eliminação num momento em que estava a apenas um triunfo de chegar ao quadro principal do Estoril Open, Francisco Rocha afirmou que teve um torneio «positivo» e que ficou satisfeito por ter tido a oportunidade de participar nele, após um dia diferente, por causa do apagão, esta segunda-feira.
«Muito contente que haja público hoje e, pelo que parece, que esteja tudo resolvido no país. É diferente, é um dia diferente, as condições estão mais lentas, com o tempo nublado. Emocionalmente não é fácil recuperar tão rapidamente, acabei o jogo às 20h, mas estava a 100% para ganhar o jogo hoje, infelizmente não consegui. Mas acho que tenho de olhar para o lado positivo e ser justo comigo próprio e dizer que fiz um torneio positivo, e aprender com as coisas que fiz de mal e seguir em frente», começou por dizer, na zona mista, após a eliminação, lembrando que ainda entra em campo esta quarta-feira, ao lado do irmão Henrique Rocha e frente a outro português.
«Sim, vai ser um momento especial, já conhecemos o Francisco Cabral há muitos anos, desde que somos pequeninos. Vai ser um jogo interessante, eles já têm provas mais dadas em pares, mas jogar com o meu irmão é sempre uma experiência incrível, jogar aqui no Estoril Open ainda mais incrível será, e estou muito entusiasmado e vou-me preparar para este jogo», garantiu, explicando a quebra de intensidade no terceiro set.
«Comecei a achar que ia conseguir entrar no quadro [principal] do Estoril Open. Há muitos anos que vejo este torneio e já estive do lado dos adeptos e comecei a pensar um pouco mais nisso no que na bola em si. E quando assim é... Normalmente, os adversários a este nível não te dão grandes oportunidades e depois foi difícil apanhar o comboio outra vez, porque ele estava com muito ritmo nessa altura e mérito dele, jogou muito bem no terceiro set», explicou, dando a entender que a reviravolta era inevitável.
Tiago Pereira: «Pode ser que aconteça um dia»
Por outro lado, o compatriota Tiago Pereira também foi eliminado da competição esta terça-feira, mas também não foi para casa insatisfeito. «Foi um excelente encontro por parte dos dois, ele foi um bocadinho superior no terceiro set, não havia muito a fazer, continuei a tentar, mas acabou por cair para o lado dele. A diferença pode ter estado ali no terceiro set, quando levei aquele 6-5, não foi um break muito bem levado, mas não faz mal, continuei a tentar e acabei por conseguir virar o segundo set, mas ele está um pouco mais fresco do que eu. Teve um jogo mais fácil do que eu, mas não faz mal, mérito dele também», disse, afirmando que teve menos tempo entre jogos do que o adversário.
Former top 100 Giulio Zeppieri defeats Tiago Pereira 7-5, 4-6, 6-2 to book his spot in the main draw.
— Millennium #EstorilOpen (@EstorilOpen) April 29, 2025
Three of out four qualifiers are italians. 🇮🇹 pic.twitter.com/K9xS1qUcnq
«Eu descansei bem, não tive problemas com isso. Este ano foi complicado nesse tipo de coisas, portanto não foi algo que tenha importado muito. E com tudo o que se passou claro que é um pouco caótico, mas a pessoa tenta encarar a situação da melhor maneira possível e a realidade é que estava a discutir um encontro para o quadro principal do torneio, o que seria incrível, mas não aconteceu desta vez e pode ser que aconteça um dia», atirou, lamentando a derrota.
«Levo uma experiência incrível, sem pressão alguma, é um sonho para mim jogar aqui, especialmente neste court central, que é muito bonito e teve o público a puxar por mim, e foi qualquer coisa... sem pressão alguma. Não sei se conseguia ter ido tão longe sem eles, por isso é uma experiÊncia alguma e ficava muito feliz se algum dia pudesse voltar a jogar este torneio. Nervoso? Não, sabia que ia ser um jogo difícil, mas tentei encarar a situação da melhor maneira possível. É um campo lindo e é um campo que dá prazer de jogar em, portanto tentei focar-me nisso e não entrar nervoso no encontro», finalizou.