Foi convocado à última da hora, mas teve «estreia de sonho» pela seleção nacional
No dia de ‘descanso’- se é que pode haver algum durante o Campeonato da Europa – a Seleção Nacional voltou a reunir-se e a treinar para estudar a vitória contra a Grécia, por 31-24, no primeiro jogo dos Heróis do Mar para a competição. Apesar da confortável diferença de golos que se verifica no resultado final, o conjunto orientado por Paulo Jorge Pereira podia ter resolvido o jogo mais cedo e passou por algumas dificuldades durante a segunda parte, na qual esteve empatado 19-19 contra os helénicos.
Mas se havia dúvidas quanto à inexperiência da turma lusa – com uma média de 24,8 anos – a verdade é que foi mesmo esta inexperiência que ajudou Portugal a vencer o encontro. Entre as figuras a destacar está Fábio Silva, o jovem pivô de 22 anos, que foi convocado dois dias antes do começo da prova para substituir o lesionado Daymaro Salina, que não só fez a sua estreia absoluta em provas desta dimensão, como o fez em grande estilo: marcando quatro golos em quatro remates.
«O facto de ser uma estreia - algo que sempre sonhei - e da forma que foi, torna o momento ainda melhor. Foi uma estreia de sonho», disse o jogador de 22 anos do Avanca, antes de referir que ficou surpreendido com a convocatória, mas não tanto como seria esperado.
«Sim, pode dizer-se que sim. Não digo surpreendido porque já durante o estágio em Rio Maior, fomos alertados que em caso de lesões podíamos vir a ser convocados. Mas, claro, é sempre uma surpresa quando acontece porque é algo que nunca esperamos», detalhou.
«Há pontos fortes e pontos menos fortes a tirar [do encontro frente à Grécia]. Fizemos uma revisão interna para melhorar, tanto ofensiva como defensivamente, para o próximo jogo com a República Checa e precisamos apenas de estar concentrados porque temos qualidade para vencer e chegar à main-round [segunda fase do torneio]. Pelo que vimos na primeira parte, contra a Dinamarca, têm uma boa defesa e um bom guarda-redes», frisou Fábio Silva, referindo-se à exibição do guardião checo, que fez oito defesas em 30 remates, tendo sido insuficientes para impedir a derrota contra os escandinavos (23-14).
Face ao momento que vive na carreira, o pivô apontou ainda uma das suas principais referências enquanto jogador profissional de andebol. «Fiz a formação no São Paio de Oleiiros e desde muito novo uma grande figura do clube era o Tiago Rocha. Quando era mais novo, era ele o meu ídolo», revelou sobre o antigo capitão da Seleção das quinas nos últimos dois europeus.