FC Porto: todos (ou quase) contam para Farioli
Cumprido o primeiro terço da temporada, há uma ideia que salta à vista desarmada no que concerne à filosofia defendida por Francesco Farioli perante o plantel. Todos, em devido tempo, terão a sua oportunidade para mostrarem serviço e somarem minutos dado o apertado calendário dos dragões nas quatro provas em que está inserido — campeonato, Taça de Portugal, Taça da Liga e Liga Europa.
Com 16 partidas já realizadas e um registo de 13 vitórias, dois empates (Benfica e Utrecht) e uma derrota (Nottingham Forest), Francesco Farioli já deu tempo de utilização em 2025/2025 a um quinto do grupo de trabalho, faltando apenas Tomás Pérez, Pedro Lima, Gabriel Brás e João Costa se estrearem de azul e branco na equipa principal esta temporada. Na realidade, a velha máxima de que todos (quase) contam na prossecução dos objetivos coletivos do FC Porto tem quase sido levado à risca e prova que o técnico não olha a nomes e a estatutos quando elabora os onzes para as respetivas equipas.
Esta conceção tem sido vincada ene vezes por Francesco Farioli nos vários encontros semanais que tem tido com os jornalistas e os números dão-lhe razão. Até agora, o técnico transalpino, que mudou a mentalidade dos jogadores depois de uma época penosa sob o ponto de vista desportivo, já utilizou 25 jogadores na longa época que só termina em maio, mas o mais curioso é o facto desse lote 20 terem um quinto do tempo de jogo dos azuis e brancos, o que equivale a dizer que o tempo de utilização entre eles tem sido equilibrado nas várias competições.
«Vamos precisar de toda a gente devido a algumas lesões que sofremos e, com os muitos jogos que vamos ter, toda a gente terá um papel importante», afirmou a dada altura deste ano Francesco Farioli, em resposta a uma questão sobre a troca de Rodrigo Mora por Gabri Veiga no onze apresentado frente ao Rio Ave.
A verdade é que o tempo veio confirmar a teoria do timoneiro dos dragões, que procura ao máximo dar rendimento competitivo a todos os jogadores, ainda que, naturalmente, haja sempre alguns que joguem menos e que reclamem minutos, no caso concreto Tomás Pérez, João Costa, Pedro Lima e Gabriel Brás, trio que curiosamente tem mantido o nível competitivo nos jogos da equipa B, sob a orientação técnica de João Brandão.
Diogo Costa e os outros
Por razões óbvias, Diogo Costa é o jogador que soma mais minutos desde que Francesco Farioli assumou o comando operacional dos azuis e brancos, com um total de 1350 minutos. Logo a seguir surge o capitão sem braçadeira Bednarek, com 1282 minutos, com Victor Froholdt a surgir na terceira posição, com um total de 1279 minutos nas pernas.
Cláudio Ramos, Ángel Alarcón, Karamoh e Zé Pedro — entretanto transferido para os italianos do Caglirari — são os que apresentam menos tempo de utilização, mas Francesco Farioli já elogiou todos e pede para os jogadores têm consciência de que a oportunidade surgirá quando menos se espera.
O treinador está satisfeito com o plantel, nas pausas competitivas e não só recruta alguns elementos da equipa B para a principal, mas certamente estará à espera de algumas prendas no sapatinho para o Natal. Em consonância total com André Villas-Boas, já sabe que a SAD está no mercado à procura de um defesa-central experiente para colmatar a ausência prolongada de Nehuén Pérez no eixo da defesa, mas certamente as entradas até podem nem ficar por aí. A lateral-esquerda é uma das carências do plantel, apesar de haver Francisco Moura, Zaidu e Martim Fernandes e Kiwior. Pode haver surpresas...