FC Porto: o novo paradigma no ataque ao mercado
Envergonhado com a performance desportiva do FC Porto no Mundial de Clubes — onde curiosamente os dragões já entraram com um reforço confirmado (Gabri Veiga) —, André Villas-Boas chamou a si a responsabilidade de planificar a época 2025/2026 com a devida antecedência, tendo demitido Martín Anselmi e contratado para o seu lugar Francesco Farioli. O presidente dos azuis e brancos, beneficiando da folga financeira obtido com as transferências de Galeno e Nico González no mercado de transferências de janeiro, entrou em força na janela de verão com contratações sonantes, caras, mas de enorme qualidade.
Este novo paradigma de uma ida célere à procura de mais-valias teve como objetivo permitir a Francesco Farioli ter o plantel praticamente definido bem antes do início da competição, por forma a entrosar as novas caras naquilo que é conhecido como o ADN FC Porto, mas também com a metodologia de trabalho que preconiza e o entrosamento na mecânica tática da equipa, assente para já num 4x3x3 híbrido que pode tornar-se num 4x2x3x1, dependendo, naturalmente, das escolhas iniciais.
Na época passada, o primeiro reforço a ser contratado foi tornado oficial a... 23 de agosto. Foi Samu, que chegou de surpresa ao Dragão, graças a um golpe de André Villas-Boas, que desviou o ponta de lança que estava a ser apontado ao Chelsea. Em 2025/2026, Gabri Veiga tornou-se dragão a 5 de junho, mas foi em julho que chegaram a maioria das aquisições: João Costa (dia 9), Prpic (dia 10), Borja Sainz (dia 13), Victor Froholdt (dia 23), Alberto Costa (dia 24) e Jan Bednarej (dia 28). O último elemento a reforçar o grupo de trabalho dos azuis e brancos foi Luuk de Jong, que foi a surpresa guardada pelo líder portista para a apresentação oficial aos sócios, que se realizou a 3 de agosto, frente aos espanhóis do Atlético de Madrid.
A estratégia delineada por André Villas-Boas com Francesco Farioli foi ter o máximo de jogadores novos o mais cedo possível a trabalhar com a equipa, o que permitiu mais tempo para treinar, integrar no seio do grupo de trabalhar e sempre com o pensamento de entrar forte no campeonato, que começa segunda-feira, no Dragão, frente ao V. Guimarães, um jogo que foi adiado devido à tragédia que se abateu sobre o universo portista, em consequência da morte súbita de Jorge Costa, vítima de uma paragem cardiorrespiratória, na passada segunda-feira, em pleno Centro de Treinos e Formação Desportiva PortoGaia, no Olival.
Ainda assim, o mercado durante até ao primeiro dia útil (1) ) de setembro e até lá ainda vai haver retoques no plantel do FC Porto, que pretende ombrear com os rivais Benfica e Sporting em todas as provas do calendário nacional e fazer figura na Liga Europa, competição em que participará em face do terceiro lugar conquistado no campeonato passado.
Em equação está ainda mais um defesa-central, um lateral-esquerdo (Zaidu pode ainda sair), um trinco para competir com Alan Varela e ainda mais um extremo-direito. A prioridade agora passa por tratar primeiro dos excedentes e dos casos Grujic e Iván Jaime...