De Ligt admite ajuda de psicóloga para lidar com a falta de minutos no Euro 2024
Depois de não ter saído do banco de suplentes nas duas primeiras jornadas, este não parece estar a ser o Euro de Matthijs de Ligt e o próprio acabou por reconhecer ter recorrido à ajuda de uma especialista para lidar com a sua não utilização.
Em conferência de imprensa, o defesa-central do Bayern admitiu que se tem agarrado ao apoio dos familiares e de uma psicóloga para melhor saber lidar com a falta de minutos na seleção dos Países Baixos nas fases finais das grandes competições, reconhecendo, também, que as vitórias deixam de ter o mesmo sabor quando se está nesta condição.
«Momentos como este podem ser difíceis. Ao falar sobre isso, tu tornas o tema mais leve e podes devolver a energia em campo em vez de desperdiçá-lo com este tipo de pensamento. Treino sempre para me tornar melhor e isso não muda nada agora. O que pode mudar é o sentimento após uma vitória. Claro que, como suplente, também estás feliz, mas um pouco menos do que quando participas», começou por dizer o jogador 24 anos, acrescentando ter sido apanhado de surpresa pelo facto do selecionador Ronald Koeman ter optado por De Vrij como companheiro de Van Dijk no centro da defesa.
«Tive a sensação de que estava em boa forma, mostrei isso na segunda metade da temporada no Bayern. Gostaria de ter continuado este momento de forma aqui. Neste sentido é um arranque em falso no Euro 2024 para mim», acrescentou.
Por fim, o jogador neerlandês colocou um tom de otimismo no seu discurso e disse acreditar que ainda terá um papel importante na prestação dos Países Baixos na competição.
«A concorrência na defesa é muita. Aprendi durante a minha carreira no futebol que o início de um torneio ou temporada é divertido, mas o importante é o seu fim. É por isso que estou relativamente calmo. Também tenho a sensação de que algo vai acontecer neste torneio que ainda pode tornar-me importante. Isso garante que eu faça o meu melhor nos treinos e tente estar o mais em forma possível. Num treino, não é provável que exista momentos em que um treinador diga: tem de jogar. Isto vai depender de momentos nas partidas, por conta de suspensões e lesões. Tu tens de estar pronto para isso», concluiu.