Conheça melhor o novo prodígio do Sporting que estará na pré-época

Há mais um prodígio a despontar no Sporting. Gabriel Silva, 18 anos feitos em abril, é o menino dos escalões de formação que terá a oportunidade de estar na pré-época e, quiçá, agarrar uma oportunidade, ele que joga numa posição central do ataque mas com muita apetência para descair para os flancos, uma característica que é apreciada pelo treinador dos leões, Rui Borges.

O percurso futebolístico de Gabigol — como é conhecido entre os adeptos leoninos numa clara alusão ao avançado brasileiro figura do Flamengo de Jorge Jesus em 2019/2020 — começou no Imortal de Albufeira e depois disso passou pelo Guia FC, clube no qual se cruzou com Gonçalo Teixeira, que na época era o seu treinador mas com quem ainda hoje mantém contacto, uma vez que o técnico de 40 anos já era amigo do pai, Cláudio Silva, que também foi futebolista e passou por diversos clubes algarvios.

«Estou convencido de que o Gabriel tem a mentalidade certa para agarrar um lugar no plantel principal. Ele é muito humilde e vai fazer o máximo para chegar a esse patamar, que é a sua ambição. Qualidade suficiente para isso ele tem, sem dúvida», assegura Gonçalo Teixeira.

Gabriel Silva é exatamente da mesma geração de Geovany Quenda, o menino que na época passada foi chamado por Ruben Amorim e agarrou com unhas e dentes a possibilidade de estar no plantel principal, tornando-se uma das figuras do bicampeão nacional. Será que a história se repete? «São posições diferentes e o Gabriel tem pela frente uma sombra gigantesca, que é a de Gyokeres, mas pode voltar a acontecer», responde.

Mas puxando o filme atrás vamos até aos oito anos de Gabriel Silva, quando chegou ao Guia Futebol Clube, clube do concelho de Albufeira, de onde é natural. «Ele é da geração de 2007 mas jogava num escalão acima, com os de 2006 e destacava-se muito dos restantes, mesmo sendo mais novo, sabendo-se que naquelas idades um ano de diferença pesa. Ele era muito rápido, como ainda é, extremamente habilidoso e com uma frieza desconcertante em frente à baliza. Percepcionava muito bem onde a bola iria cair. E, na minha opinião, mantém estas características, basta ver o desempenho que teve na Youth League, na qual apontou cinco golos em oito jogos», diz.

Face ao desenho apresentado, ainda em tenra idade, começou a despontar o interesse. «Participávamos em muitos torneios no quais também estavam grandes clubes e ele era muitas vezes o melhor jogador ou o melhor marcador. Foi assim que deu nas vistas. O Sporting rapidamente chegou a acordo com os pais, quando ele ainda tinha nove anos e numa primeira fase treinava-se e jogava pelo Guia e fazia alguns torneios pelo Sporting. Penso que foi aos 12 anos que se mudou definitivamente para o clube e para a Academia», recorda.

Gabriel Silva ainda é por afinidade da família do antigo jogador do Farense Miguel Serôdio, que tem um filho com o mesmo nome que passou pelos escalões de formação do Sporting, mas a quem uma série de lesões impediram que chegasse a um patamar elevado.

O avançado, em 2024/25, foi convocado por Rui Borges para o jogo com o Nacional (3-1), mas acabou por não sair do banco.

Agora vai por muito mais...