Campeão da NBA confessa: «Não gostei da forma como ganhámos o título»

Os Oklahoma City Thunder, atuais campeões da NBA, começaram a defesa do título com um registo avassalador de 14 vitórias e apenas uma derrota nos primeiros quinze jogos. O base canadiano Shai Gilgeous-Alexander, que liderou a equipa na época passada com um MVP e o título, está a manter o nível de excelência, com médias de 31,9 pontos.

No entanto, o líder dos Thunder sublinha que o sucesso não o satisfaz, especialmente a forma como o campeonato foi conquistado na época anterior. Em declarações após a vitória contra os Sacramento Kings, Shai admitiu que o nível exibido nos playoffs ficou aquém do desejado.

«Para ser totalmente honesto, não gostei da forma como ganhámos o título. Espero que me entendam. Fomos campeões, mas sinto que não jogámos ao nosso melhor nível», criticou o jogador de 27 anos.

Shai atribuiu a quebra de rendimento à inexperiência da equipa em fases tão avançadas da competição, mas também assumiu a responsabilidade pelo que considera ter sido uma falha coletiva.

«Nunca tínhamos chegado tão longe nos play-offs, e creio que foi também um processo de aprendizagem para nós. É preciso um nível extra de concentração, disciplina, agressividade e assertividade para replicar nos playoffs o que fizemos na fase regular», explicou.

«Fomos muito mais dominantes na fase regular, e essa é a principal lição que retiro. A nível individual, aconteceu o mesmo comigo. Penso que não joguei tão bem nos play-offs como na fase regular», acrescentou.

O base, que é um forte candidato a revalidar o MVP individual, reconhece que a pressão dos jogos a eliminar é maior, mas insiste que devia ter jogado melhor. «Uma parte disso é lógica, pois jogas sete vezes contra a mesma equipa, que te pode analisar e estudar durante dias. Mas sinto que devia ter jogado melhor para controlar isso. E essa é a mentalidade que depois se transmite a toda a equipa».

Apesar do desempenho individual de alto nível, Shai Gilgeous-Alexander acredita que ainda tem uma margem de progressão considerável.

«Sinceramente, penso que estou muito longe do meu teto. O basquetebol tem tantas facetas... especialmente na posição em que jogo, com a bola nas minhas mãos durante tanto tempo», afirmou.

O líder ofensivo dos Thunder enumerou as áreas a melhorar: «Sou a referência do ataque, aquele que inicia as jogadas. Há o jogo sem bola, diferentes formas de marcar, o jogo no lado fraco, como conseguir pontos em transição... há muitas áreas que os maiores de sempre conseguiram dominar».

Com o registo atual de 14-1, a fasquia das 70 vitórias na fase regular — um feito raro na história da NBA — parece um objetivo realista para os Thunder.

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