Benfica responde a Pichardo: o valor exigido pelas águias ao campeão olímpico

Pedro Pichardo avançou com uma ação no no Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) contra o Benfica e o clube liderado por Rui Costa também vai recorrer à justiça contra o seu ex-atleta que conquistou a medalha de prata no triplo salto nos Jogos Olímpicos de Paris 2024.

A BOLA sabe que o Benfica vai pedir uma indemnização de 2 milhões de euros ao atleta nascido em Cuba. Em causa, está incumprimento das obrigações contratuais, danos de reputação e prejuízos desportivos.

Pedro Pablo Pichardo representou o Benfica desde 2017 até 13 de janeiro de 2025, data em que anunciou a rescisão do contrato válido até ao fim dos Jogos Los Angeles 2028, alegando divergências irreconciliáveis.

Depois da medalha de ouro nos Europeus de pista coberta, em Istambul 2023, foi tornado público o diferendo do atleta com a diretora do projeto olímpico e do atletismo das águias, Ana Oliveira, tendo, no ano passado, Pichardo recusado aceitar o processo de filiação na plataforma da Federação Portuguesa de Atletismo (FPA).

O atleta anunciou publicamente a rescisão unilateral do contrato com o clube encarnado que tinha mais quatro anos de duração. «Devido a divergências irreconciliáveis com o Sport Lisboa e Benfica, que inviabilizam a minha continuidade, decidi deixar de ser atleta do clube, conforme comuniquei hoje mesmo à entidade. O assunto está a ser levado às instâncias competentes, pelo que, a partir deste dia, não irei mais pronunciar-me sobre este tema, focando-me única e exclusivamente na vertente desportiva», anunciou o triplista.

Pichardo, 31 anos, não esteve presente nos Europeus nos Países Baixos do último fim de semana, mas tem previsto regressar à competição a 26 de abril, na Liga Diamante, na etapa que se realizará na China.

O Benfica reagiu com um processo disciplinar tendo em vista o despedimento do atleta naturalizado português, campeão do mundo em Oregon 2022 e europeu em Munique 2022, «por ter faltado a exames médicos para os quais estava convocado depois dos Jogos Olímpicos, bem como o facto de ter recusado a inscrição na plataforma de atletas, apesar de ter sido por diversas vezes solicitado para tal».

Sem acordo, as partes vão agora recorrer à justiça.