Remco Evenepoel, ciclista belga de 25 anos da Soudal Quick Step, olha para a bicicleta antes da partida para a 14.ª etapa do Tour, precisamente a que ditou o abandono do campeão olímpico de fundo e crono
Remco Evenepoel seguia no terceiro lugar da classificação geral do Tour, atás de Pogacar e Vingegaard - Foto: IMAGO

«Podes ter um dia mau, mas três seguidos...»

Remco Evenepoel explicou (ou pelo menos tentou) o abandono no Tour na tarde deste sábado

Ainda a 14.ª etapa, ligação de 182,6 quilómetros entre Pau e Luchon Superbagnères, não estava a meio e já Remco Evenepoel saltava da bicicleta para abandonar o Tour.

«Podes tentar um dia mau de vez em quando, mas três seguidos não é normal. Tinha de abandonar, disse-o ao diretor da equipa [Tom Steels]. Não sei o que se passa, não faço ideia, temos de investigar agora. Todos sabem que tive um inverno terrível. Quem sabe, talvez tenha algum problema com o corpo. Não sei mesmo», assumiu o belga de 25 anos.

Recorde-se que o vencedor do contrarrelógio da quinta etapa do Tour — 33 quilómetros com partida e chegada a Caen — e campeão olímpico de fundo e crono começou a temporada mais tarde após uma colisão, em dezembro do ano passado, num treino com um  veículo dos correios depois de uma carteira ter aberto abruptamente a porta — o acidente deixou-o com fraturas numa costela, omoplata e mão direitas, contusões nos pulmões e uma deslocação da clavícula direita, obrigando-o a uma longa paragem, regressando à competição apenas em meados de abril.

«Não sei se será por fadiga. Pode ser qualquer coisa. Fora da bicicleta não me sinto mal, mas em cima não funciona. Não consigo esforçar-me tanto como habitualmente. Fiz rudo para estar na melhor forma possível, mas simplesmente não estava a 110 %, o que é preciso para lutar pela classificação geral do Tour», afirmou Remco Evenepoel, que ocupava o terceiro lugar da classificação geral, atrás de POgacar e Vingegaard.

«Há três dias que não me sentia bem, hoje [ontem] de manhã sentia que estava vazio e nas subidas as minhas pernas apenas não estavam lá. É uma pena que tenha de desistir», rematou o ciclista belga.

Sugestão de vídeo

Começaram no passado fim de semana as mais esperadas 3 semanas do ano para qualquer amante do ciclismo. Os dois primeiros dias foram frenéticos e Henrique Augusto, Rogério Almeida e Miguel Pratas sentaram-se a discutir que ilações devemos tirar dos mesmos e o que esperar no restante da primeira semana. Quem está mais forte? Vingegaard consegue dar luta? As ambições de pódio de João Almeida estão no bom caminho? Para fechar, um saltinho a Itália para a antevisão do Giro feminino.
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