O FC Porto está fora da Liga Europeia, após derrota por 35-32 frente ao Montpellier, esta terça-feira, em jogo da segunda mão dos quartos de final disputado naquela cidade francesa. A ambição justificava-se pela derrota apenas tangencial na primeira mão, mas o FC Porto esteve sempre a uma distância quase instransponível da final four da Liga Europeia no segundo jogo contra o Monpellier, em França. Os portistas precisavam de vencer em casa alheia depois de um desaire caseiro, ainda que esperançoso, por 29-30, no Dragão Arena, mas raramente conseguiram superiorizar-se aos franceses neste duelo decisivo, em que estiveram quase sempre atrás no marcador. Ainda assim, depois de terem passado praticamente toda a primeira parte em desvantagem por três a quatro golos, os dragões reagiram bem e tiveram 10 minutos muito bom nível após o intervalo, proporcionando-lhes a reviravolta aos 21-22 e a reentrada na discussão da eliminatória. No arranque do jogo, o Montpellier instalou-se rapidamente na dianteira, depois de um parcial de 3-0 para chegar de um empate ao 5-2 à passagem do sexto minuto. A maior vantagem dos anfitriões foi alcançada ao minuto 20, quando Diego Simonet concretizou um 5 em 5 para dilatar o marcador para 15-9. Seguiu-se uma fase positiva do FC Porto, que recuperou (3-6) para 18-15 até ao intervalo, pelas mãos de Leo Gunnarsson (2/4), Mamadou Diocou (3/4) e Ricardo Brandão (2/2). À saída para o descanso, apesar dos cinco golos que a separava da qualificação para inédita final four da segunda competição da hierarquia europeia, pela promissora resposta no final da primeira parte, a equipa comandada pelo treinador sueco Magnus Andersson tinha motivos legítimos para continuar a acreditar. E o que se viu nos primeiros minutos após o reatamento, provou-o. O FC Porto manteve o elevado desempenho no primeiro terço da segunda parte, permitindo-lhe superar os franceses após oito minutos (por Pedro Valdés, a fazer 19-20 e depois Daymaro Salina a apontar 21-22), nas únicas vezes em que os portistas estiveram em vantagem no jogo, após 0-1 e 1-2 iniciais. No entanto, a partir de então, os dragões não conseguiram manter o nível e cederam até aos 15 minutos um parcial de 0-4 (para 25-22) e apesar de um lampejo de resistência que lhes permitiu aproximarem-se aos 25-24, foram superados por um oponente que justificou a qualificação para a final four da competição. Ricardo Brandão, com cinco golos (com 5/5 e eficácia de 83%) destacou-se nos portistas como o melhor marcador da formação, seguido por Daymaro Salina, com 4 golos (57%), os mesmos de Leo Gunnarsson (50%). Diego Simonet, do Montpellier, com sete tentos (em oito remates: 88%), foi o melhor artilheiro da partida. Os azuis e brancos não tiveram nos seus guarda-redes a mais-valia que pudesse fazer a diferença. Diogo Rêma defendeu apenas cinco remates em 35 (14%) e Sebastian Abrahamsson três em oito (37,5%).
