«Perdeu-se o respeito no pelotão porque líderes são crianças de 20 anos»
Rigoberto Urán lamenta a perda de hierarquia no pelotão mundial: «já vi uma lenda como Chris Froome ser acotovelado no pelotão por um jovem desconhecido. Quando comecei, se fizéssemos isso, nem sabíamos onde íamos parar…»
Rigoberto Urán lamenta a perda de hierarquia no pelotão mundial: «já vi uma lenda como Chris Froome ser acotovelado no pelotão por um jovem desconhecido de uma equipa pequena. Quando comecei, se fizéssemos isso, nem sabíamos onde íamos parar…»
Rigoberto Urán lamenta que os principais corredores do WorldTour, as referências no pelotão, como Tadej Pogacar ou Remco Evenepoel, sejam «muito diferentes» dos que conheceu no passado. O veterano ciclista colombiano, de 36 anos, que anunciou recentemente o termo da sua carreira no final da temporada de 2024, faz uma análise negativa à atitude dos líderes das maiores equipas, comparando-os aos da época em que começou a competir – em 2006, aos 19 anos de idade, na equipa irlandesa Tenax-Salmilano que tinha como referência o italiano Fabio Baldato, então com 38 anos.
«Antes, quando se tinha 20 anos, se nos aproximássemos demasiado de corredores como Mario Cipollini ou outra estrela na época, durante uma corrida, mandavam-nos logo para o Inferno! Agora, um miúdo vai para o Tour com a ambição de o ganhar. Talvez por isso já tenha assistido a uma lenda como Chris Froome, no meio do pelotão, ser acotovelado por um miúdo desconhecido de uma equipa pequena. Quando comecei, se fizéssemos isso, nem sabíamos onde íamos parar…», declarou o corredor da EF Education-EasyPost à Antena 2 Colômbia.
«O respeito perdeu-se também porque os líderes também têm 20 anos, são umas crianças, e a hierarquia mudou. Não há um líder global, a cada dois anos há um que se destaca. São corredores com grandes estruturas por trás que investem muito tempo e dinheiro para os proteger», analisa o sul-americano.