Ciclismo: AMA proíbe utilização de Tramadol a partir de janeiro

Quatro anos suspensão para os positivos confirmados, com agravamento para oito em casos reincidentes

Reunido em Xangai, na China, o Comité Executivo da Agência Mundial Antidopagem (AMA) decidiu incluir o Tramadol na lista de produtos proibidos a partir de 1 de janeiro do próximo ano.

Este atraso, segundo os dirigentes da AMA, tem como finalidade melhorar a compreensão da aplicação prática da proibição deste analgésico em competição.

O organismo recordou que o Tramadol, após vários estudos cientificos, melhora o rendimento físico em várias modalidades, situação confirmada em testes pelos desportistas de alta competição.

A decisão da AMA produz-se depois do colombiano Nairo Quintana, 33 anos, ter sido desclassificado na Volta a França em 2022 pela União Ciclista Iinternacional, cuja normativa proíbe o seu consumo em competição desde 1 de março de 2019.

Nairo Quintana, vencedor do Giro em 2014 e da Vuelta em 2016, recorreu, mas viu o Tribunal Arbitral do Desporto confirmar a desclassificação do Tour, não tendo aplicado qualquer pena assessória de suspensão, o que permite ao ciclista representar qualquer equipa.

Refira-se que o Tramadol é utilizado, no caso dos desportistas, para reduzir a dor durante o esforço e conferir vantagens no rendimento dos atletas. Utilizado com frequência no ciclismo, serve para eliminar as dores nas pernas, sem acumulação de dores na região lombar, pernas cansadas de pedalarem ou nas costas.