Xavi e a 'traição' de Figo: «Era como se Messi tivesse saído...»

Antigo médio do Barcelona recordou a polémica mudança do português para o Real Madrid em 2000/01

Luís Figo protagonizou uma das mudanças mais polémicas da história do futebol, ao trocar o Barcelona pelo Real Madrid em 2000/01, e, mesmo passadas mais de duas décadas sobre a controvérsia, a memória continua bem viva junto daqueles que com ele privaram na Catalunha. Como é o caso de Xavi Hernández.

«A saída de Luís Figo em 2000 foi um duro golpe. Foi um pouco como se Messi, no seu melhor momento, tivesse deixado o clube depois de ter conquistado a Bola de Ouro», comparou o antigo médio dos catalães, numa entrevista à France Football.

«Figo era o nosso capitão, o nosso melhor jogador e juntou-se ao Real Madrid, o nosso eterno rival. Demorámos três ou quatro anos a levantar a cabeça», recordou o antigo internacional espanhol.

Na mesma entrevista, Xavi não acusou mágoa por nunca ter conquistado a Bola de Ouro, apesar de ter estado, largos anos, na elite do futebol mundial e ver o seu talento reconhecido pela crítica.

«Não me considero melhor futebolista que Messi ou Cristiano Ronaldo, em nada. Eu era um criador de jogo, mas não tinha a capacidade de resolver um jogo por mim próprio. Estou orgulhoso de ter terminado em terceiro três vezes», sublinhou.

«Aquela fotografia com Iniesta e Leo [Messi] é histórica. Para mim, é a vitória de uma filosofia, um reconhecimento único do nosso estilo e da nossa herança», acrescentou.

Iniesta, Messi e Xavi a celebrarem a Bola de Ouro do argentino
Iniesta, Messi e Xavi (IMAGO)

Treinador do Barcelona entre 2021/22 e 2023/24, o espanhol recordou o bom início e o que correu mal, levando à sua saída de Camp Nou: «O meu primeiro ano e meio no Barça foi muito, muito bom. Terminámos em segundo e depois ganhámos a LaLiga em 2023, além da Supertaça de Espanha. Depois disso, os resultados foram menos bons. As saídas de Jordi Cruyff e Mateu Alemany foram duros golpes.»

E concluiu: «O clube estava numa das piores situações da sua história, pior ainda do que no início de 2000. As expectativas eram muito elevadas comparativamente ao meu historial como treinador. A minha profunda ligação ao Barça às vezes não me favorecia. Talvez tenha sido demasiado sentimental por vezes, mas foi uma verdadeira aprendizagem.»

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