Sérgio Conceição dispara para todo o lado: tudo o que disse o treinador após o empate

Sérgio Conceição dispara para todo o lado: tudo o que disse o treinador após o empate

NACIONAL13.04.202421:26

Treinador muito crítico do momento que a equipa vive e das arbitragens; lamentou a falta de sorte a concretizar as oportunidades

Sérgio Conceição apresentou-se na conferência de imprensa, após o empate a duas bolas contra o Famalicão, visivelmente insatisfeito com o momento que a equipa vive. O treinador português respondeu a uma única pergunta, onde frisou que «hoje é fácil bater no FC Porto, até quem está dentro do FC Porto», referindo-se também à equipa de arbitragem. No final, pareceu deixar no ar a hipótese de sair, caso o presidente não esteja satisfeito e considere ser necessário «algo mais para acabar bem a época».

Leia na íntegra a longa resposta de Sérgio Conceição:

«Ninguém ficou satisfeito, não ficaram os adeptos nem nós no grupo de trabalho, mas acho normal os adeptos assobiarem e criticarem, faz parte. O que não achei normal foi baterem palmas quando perdemos contra o Vitória. Estou habituado à crítica e ao assobio, faz parte. Têm toda a razão em fazê-lo, fizemos uma primeira parte que não estava dentro do que foi trabalhado, mas foi um pouco o resumo da época, golo no primeiro remate do jogo, contra o Vitória foi a mesma coisa, um autogolo do Galeno. Entrámos a perder no jogo, temos um grupo jovem, ambiente muito difícil fora, tudo contribuiu.»

«Já é habitual, não sei o que é, quando o jogador tem um amarelo e trava-nos o contra-ataque, deve ou não levar o segundo amarelo? No dia seguinte leio coisas na comunicação social que afinal não é nada disto, penáltis que penso que são, mas não são marcados, ando nisto há 30 anos e vejo o de hoje… possivelmente o do Taremi não será, não sei, se calhar quando vir imagens a minha opinião é que não será, mas temos tido infelicidade com a terceira equipa, é tudo junto.»

«Começamos a sofrer, vamos atrás sem discernimento e perdendo a estratégia definida para o jogo e tem a ver com a nossa juventude dentro do campo, neste ambiente difícil, mas cabe-nos a nós sair disto. É muito fácil hoje bater no FC Porto, mesmo as pessoas dentro do FC Porto, é muito fácil. Parece-me a mim que seria uma mais-valia juntarmo-nos neste momento, porque temos um título a disputar e um fim de época para acabar bem, e parece-me que anda aqui muita gente com estratégia própria que prejudica o clube, e depois fica difícil. Falo de toda a gente, incluindo a terceira equipa. Fica fácil. Acho que é normal perder-se tempo, dar-se pouco tempo de recuperação, enfim.»

«É um ambiente muito difícil, os jogadores sentem. Não é normal. O Evanilson é um miúdo que, sinceramente… enfim, é o reflexo do que se tem passado. Estou aqui até que o presidente decida. A minha longevidade não está relacionada com os meus lindos olhos, mas sim com o trabalho. A partir do momento que o presidente ache que é preciso algo mais na equipa para se acabar bem a época, tranquilo, a todos os níveis. E digo isto para que os jogadores sintam que a semana de trabalho foi boa, o tempo de preparação foi bom, muito bom, estava muito positivo na antevisão em relação ao jogo e ao ambiente que vivíamos, dentro de um momento difícil da equipa, e depois vamos para o jogo, à primeira adversidade vem tudo ao de cima, esquece-se a estratégia definida, os jogadores ficam com receio em assumir certas situações dentro do jogo e fica mais difícil. Ao intervalo mudámos, retificámos, entrámos com uma atitude diferente na segunda parte, mesmo não tão organizados, com mais coração e uma atitude diferente da primeira parte, conseguimos o empate, com mais cinco ou seis ocasiões para fazer o golo. Tivemos pouca eficácia ofensiva, e das poucas vezes que o adversário vai a nossa baliza faz-nos mal.»