Os destaques do SC Braga: Matheus como segurança no show de Gabri Martínez
7 Matheus — Não teve quaisquer hipóteses nos golos do Rapid, até porque o primeiro sofre dois ressaltos e o último desvio é de um companheiro de equipa e no segundo o médio oponente surgiu com demasiado à vontade à sua frente. A partir do 2-0, com a equipa mais subida no terreno, teve de controlar mais a profundidade e fez algumas intervenções essenciais. Perto do final fez mesmo duas enormes defesas para evitar o terceiro dos austríacos, segurando assim o empate e o apuramento para a fase regular da Liga Europa.
5 Víctor Gómez — Algumas subidas pelo corredor direito, na primeira parte, mas algo retraído, sendo que ainda fez uns bons cruzamentos, nomeadamente rasteiros. A defender também cumpriu bem a sua função, apesar de ter sido apanhado em contrapé no lance do segundo golo do Rapid Viena.
5 Bambu — Aparenta estar a ganhar confiança e assume a construção, queimando uma linha de pressão. Porém, antes do intervalo fez um mau passe, tal como na primeira mão, e em seguida agarrou a coxa direita e teve mesmo que ser substituído, traduzindo-se isto no regresso de Paulo Oliveira à competição.
4 Bright Arrey-Mbi — Um azar fez com que colocasse a bola no fundo da própria baliza, colocando a equipa em desvantagem no encontro. No início da segunda parte, uma má abordagem perante Jansson, deixando o médio passar por ele sem oposição, traduziu-se no segundo golo dos austríacos. Ainda foi a tempo de ver um amarelo ao minuto 82. Jogo medíocre.
5 Adrián Marín — Demasiados passes falhados, quer pelo corredor, no lado esquerdo, quer a tentar mudar o flanco, quer a jogar no meio. Não acrescentou ao jogo ofensivo do SC Braga e a nível defensivo foi cumprindo, mas sem ser exuberante em nenhum dos momentos.
6 Vítor Carvalho — Sempre concentrado, cortando vários lances ao ler muito bem as jogadas e as intenções dos adversários. Também muito rápido a colocar a bola nos companheiros mais adiantados no terreno de jogo. O médio brasileiro fez um jogo muito completo, até ter sido substituído.
6 André Horta — Pormenores de qualidade técnica, mas sem participar muito na partida. Não pegou o suficiente no jogo para levar a equipa para a frente. O médio ganhou outra vida na segunda parte e depois da desvantagem de dois golos envolveu-se mais nas jogadas de ataque, tendo iniciado o lance do empate a dois.
6 Rodrigo Zalazar — Não foi muito solicitado, nem se mostrou muito ao jogo, no primeiro tempo, mas a verdade é que foi o autor de um lance perigoso com um cabeceamento que saiu à figura do guarda-redes adversário. Antes do descanso teve mais um remate espetacular, de primeira, mas a bola foi ao poste.
7 Ricardo Horta — O capitão procurou dar critério à equipa, quando esta partia para o ataque, controlando as dinâmicas e lançando a bola para um flanco e para o outro. O avançado português fez o segundo golo dos arsenalistas, com um bom remate, colocando bem a bola para desviá-la da intervenção do guardião adversário, e deixou o SC Braga na frente da eliminatória.
5 Roberto Fernández — Tal como tem feito, sempre que é chamado, batalhou bastante perante centrais muito possantes e fez um ligeiro desviou no remate de Zalazar que levou a bola ao poste da baliza do Rapid Viena. No entanto, não acrescentou muito mais em termos combinativos com o resto da equipa.
6 Paulo Oliveira — O central português entrou bem, praticamente a frio, na partida e mostrou a segurança habitual. Foi, porém, apanhado desposicionado no lance do segundo golo dos austríacos, obrigando o seu companheiro de setor a fazer a dobra.
7 El Ouazzani — Empatou a eliminatória, sendo o autor do 1-2 no encontro, ao converter com sucesso uma grande penalidade. Boa entrada do avançado marroquino, que devido a sua maior capacidade física impôs-se de uma forma mais assertiva perante os defesas da equipa da Áustria.
6 Roger Fernandes — Logo nas primeiras intervenções foi mostrando a sua irreverência com os movimentos da direita para o centro, para procurar o remate com o seu pé esquerdo.
5 Gorby — Entrou bem no encontro, demonstrando estar à vontade em jogos deste calibre. Bons pormenores do jovem médio que deu indicações de que pode ser uma alternativa válida para a zona nevrálgica.
Os destaques do Rapid Viena
Cvetkovic é impetuoso, por vezes, precipitado, mas também é bastante eficaz, sendo igualmente um perigo constante nas bolas paradas ofensivas dos austríacos. Bolla revelou mais que na primeira mão, sendo que a nível defensivo esteve em evidência, durante a primeira parte. No segundo tempo foi ultrapassado com facilidade por Gabri Martínez. Oswald tem muita qualidade com a bola nos pés, sendo o responsável pela distribuição na primeira zona de construção. Seidl foi o homem das bolas paradas e fez a assistência para o primeiro golo dos austríacos, através de um pontapé de canto. Jansson correu que se fartou e num arranque deixou Arrey-Mbi para trás, fazendo depois o golo perante um desamparado Matheus. Burgstaller é muito forte e ganha lances consecutivos fazendo uso do seu físico, mas junta uma boa qualidade técnica a isto tudo. Beljo também impressiona pela estampa física e pela forma como segura a bola de costas para a baliza adversária, dando apoios importantes para os restantes companheiros.
As notas dos jogadores do Rapid Viena: Hedl (5), Bolla (4), Cvetkovic (5), Raux-Yao (5), Auer (6), Seidl (6), Sangaré (5), Oswald (5), Jansson (6), Beljo (5), Burgstaller (6), Schaub (5), Wurmbrand (-) e Lang (-).