Moreno: «É só um jogo importante. Não há jogos de vida ou de morte»
Técnico dos valentes transmontanos tem a crença de surpreender o Benfica. (Foto: Chaves)

Moreno: «É só um jogo importante. Não há jogos de vida ou de morte»

NACIONAL10.11.202317:58

Treinador do Chaves assume a responsabilidade relativa à conquista de pontos para que a sua equipa volte a sair dos lugares perigosos da tabela classificativa, mas afasta cenários de dramatismo; quer jogadores com responsabilidade, sim, mas sem ponta de ansiedade

O Chaves defronta, amanhã, o Portimonense, em partida da 11.ª jornada da Liga, isto depois de ter regressado aos lugares de despromoção, de onde tinha saído já depois da entrada de Moreno para o comando técnico.

No entanto, e apesar do 17.º e penúltimo lugar que os transmontanos ocupam na tabela classificativa, Moreno não quer a sua equipa a olhar para esse cenário, a fazer esse tipo de contas. O treinador assume a importância do desafio, naturalmente, mas retira toda e qualquer carga negativa que possa ser exagerada e que, por essa razão, tenha efeitos secundários na exibição dos seus jogadores.

«Sabemos que vamos ter um jogo importante, mas é só importante. Não há jogos de vida ou de morte, muito menos à 11.ª jornada. É importante porque vamos defrontar um adversário que está perto de nós [na tabela classificativa], um campo difícil de se jogar, e diante de uma equipa que tem um treinador muito experiente».

E a justificação de Moreno foi ainda mais alargada: «O facto de estarmos em lugares desconfortáveis não pode condicionar o nosso rendimento. Estamos apenas na 11.ª jornada e há muito trabalho para fazer. Responsabilidade nós temos e a mensagem que posso passar é de tranquilidade. Percebemos os lugares desconfortáveis em que estamos, mas se passarmos alguma ansiedade para os nossos atletas isso vai condicionar o rendimento deles. E eu não quero isso. Quero os jogadores soltos, livres, mas com a responsabilidade natural de percebermos o lugar em que estamos e o clube que representamos.»

Depois de ter sido anunciado pelo Chaves a 21 de setembro, Moreno levou a equipa à conquista de sete pontos em seis jogos da Liga (duas vitórias e um empate) - pelo meio deu-se também a eliminação da Taça de Portugal, diante do Canelas, no desempate por penáltis, após o 0-0 registado no tempo regulamentar. Esse pecúlio melhor a situação da equipa - que, com José Gomes no cargo, tinha somado cinco derrotas nas primeiras cinco jornadas do Campeonato -, mas, mais importante do que isso, sublinha Moreno, é a forma como o grupo de trabalho tem absorvido as ideias da nova equipa técnica. E essa será, por certo, uma das bases para o sucesso.

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«Quanto mais o tempo passa, mais identificados estamos com aquilo que pretendemos. Nós sentimos isso, os atletas também o sentem, e isso dá-nos conforto para disputarmos o jogo. A semana foi boa, dentro do que tem sido neste mês e meio de trabalho desde que nós estamos cá. Não tenho nada a apontar ao trabalho diário dos atletas, entregam-se na totalidade e recebem a mensagem que lhes é passada. Estivemos a corrigir as coisas que fizemos menos bem no último jogo, diante do Benfica, a consolidar processos que também já melhorámos, e a semana foi preparada desta forma».

E uma eventual vitória em Portimão não será apenas importante no que concerne às contas da classificação. Para Moreno, esse cenário seria também extremamente vantajoso para abordar as semanas seguintes, uma vez que a Liga vai voltar a parar devido aos compromissos das seleções: «Depois deste jogo teremos duas semanas de paragem e é importante estarmos a trabalhar em cima de uma vitória. É com esse objetivo que vamos a Portimão, mesmo sabendo que do outro lado estará uma equipa competente, tal como todas as outras.»