Uruguaio revela adversário que mais o impressionou e o desejo de reencontrar o astro argentino na final do próximo domingo. Não elege um favorito e destaca a qualidade que existe nos dois plantéis. E a onda de lesões: «Qualquer toque e tínhamos receio de uma lesão grave»
— Foram mais de 70 anos que o Sporting andou à procura de um bicampeonato e agora são mais de 20 anos à procura da dobradinha, ou seja, ganhar a Liga e a Taça de Portugal. Vai ser desta?
— O jogo vai ser muito difícil, não há favoritos. As duas equipas tês grandes plantéis e acho que o dérbi é sempre especial. Todos os outros foram. Vai ser um lindo jogo.
— Vai ser difícil mudar o chip depois da festa do bicampeonato?
— Não. Trabalhámos muito durante todo o ano para jogar este tipo de jogos, de máxima intensidade, e o que mais queremos agora é que chegue domingo, porque já tivemos vários dias para nos divertirmos e agora estamos focados no que temos de fazer para chegar a 100 por cento no domingo e poder ganhar.
— Já lhes explicaram como é a festa da Taça no Jamor?
— Não me explicaram assim tanto, até porque não perguntei, a ocasião era para desfrutar do que vivemos agora e oxalá que o possamos fazer também no domingo.
— Este é o quarto jogo que o Benfica: já teve noção do que é o dérbi em Portugal?
— Sem dúvida que é especial.
— E pelo seu lado será preferível que jogue Di María ou não?
— Eu gosto sempre de jogar contra os melhores. Di María é incrível, tenho uma grande admiração por ele desde há muitos anos e também já pude enfrentá-lo pela seleção. Agora também aqui no dérbi, é muito lindo e, como lhe disse, sempre queremos que esteja no melhor.
— Qual foi o adversário mais o impressionou em Portugal?
— Há muitos... Mas creio que pela dificuldade do jogo, as pressões, penso que Di María foi quem mais me impressionou, até porque andava sempre pelo meu flanco. Houve outros, mas Di María é diferente. Fora do campeonato, na Liga dos Campeões, também houve Bukayo Saka, Savinho... muito fortes, assim como aquele lateral-direito do Bolonha, julgo que o Holm.
«Qualquer toque e tínhamos receio de uma lesão grave»
— Um dos grandes adversários do Sporting nesta época, além do Benfica, que lutou até o final pelo campeonato, foram as lesões…
— Eu, e penso que toda a equipa, nunca sentiu isso. De perder a Liga por causa disso. Por isso às vezes os plantéis são grandes... Perdemos companheiros importantes na equipa, é verdade, mas creio que o segredo foi que todos estivemos sempre preparados para o que o mister pedia e precisava para o objetivo do clube. Acho que foi isso, porque tens de estar sempre preparado e as lesões podem acontecer sempre.
— Mas, bolas, houve uma altura em que chegaram a estar 9, 10 jogadores, quase todos titulares, com problemas físicos e fora das contas…
— Não, foi difícil. Não vou dizer que não foi difícil, claro.
A mudança de sistema tático às portas do dérbi com o Benfica: «A equipa ficou surpreendida, mas até fizemos um jogo muito bom... ganhámos», lembra Maxi Araújo. Treinador perguntou aos jogadores antes de voltar aos 3x4x3
Perdemos companheiros importantes na equipa, é verdade, mas creio que o segredo foi que todos estivemos sempre preparados para o que o mister pedia e precisava para o objetivo do clube
— Vocês já tinha algum receio? Qualquer toque que sofriam era uma lesão grave...
— Sim, sim, é verdade. Mas também, pessoalmente, fiquei feliz com os jovens que se puderam estrear pelo Sporting. Muitos estiveram vários jogos connosco e jogaram. E isso também nos deixou muito felizes, porque a cantera do Sporting trabalha muito bem. E isso ficou evidente neste campeonato.
— O Maxi cumpre muitas regras para manter a boa forma? Tem alguns rituais que faz sempre quando está fora dos relvados?
— A alimentação é importante, o descanso também e depois desfrutar com os meus cãezinhos e viver o dia a dia ao máximo.
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