Liga arranca com programa de bolsas de estudo

Liga arranca com programa de bolsas de estudo

FUTEBOL FEMININO14.09.202321:13

Nova época foi lançada com a ambição de promover a igualdade de género e de oportunidades. Benfica arrebatou prémio fair-play de 2022/2023

O lançamento oficial da edição 2023/2023 da Liga de futebol feminino decorreu esta quinta-feira, nas instalações do principal patrocinador da prova, o banco BPI, que em conjunto com a Fundação la Caixa decidiu colaborar com o programa de bolsas de estudo que foi anunciado pela Federação Portuguesa de Futebol.

Serão 20 bolsas no total, que serão atribuídas com base no mérito académico, e que têm como objetivo «encorajar as jogadoras da Liga BPI que queiram seguir um percurso formativo em simultâneo com a carreira desportiva». É preciso atingir potencial não só dentro de campo como fora dele, pelo que as bolsas ajudarão as jogadoras a dotarem-se de ferramentas para ultrapassarem desafios logísticos e financeiros.

O sucesso do dérbi da Supertaça, na quarta-feira, com honras de transmissão televisiva e audiências que justificaram a aposta, foi, para o presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Fernando Gomes, a demonstração de que o futebol feminino veio mesmo para ficar.

O futebol feminino veio para ficar e o crescente interesse demonstrado pelo público transmite-nos a certeza das apostas que têm sido feitas

«O Benfica-Sporting de ontem [quarta-feira] foi líder, ganhou a audiência do dia, ultrapassando os telejornais, mas, acima de tudo, isso demonstra aquilo que nós temos vindo a afirmar, a evolução muito positiva do carinho e interesse pelo futebol feminino desde há algum tempo. Foi um dos 20 programas mais vistos este ano e isso traduz o que sentimos, que o futebol feminino veio para ficar e o crescente interesse demonstrado pelo público transmite-nos a certeza das apostas que têm sido feitas», vincou.

Mónica Jorge, a diretora do futebol feminino da FPF, fez balanço positivo de uma evolução que continua a seguir o seu curso e a pedir cada vez mais responsabilidades.

A mulher em Portugal tem de ser agente transformador social mas local, e o futebol vai ajudar a isso, a transformar e a mudar padrões culturais

 «Continuamos a manter o foco e a missão em desenvolver esta modalidade, porque a mulher em Portugal tem de ser agente transformador social mas local, e o futebol vai ajudar a isso, a transformar e a mudar padrões culturais. A Liga BPI e as seleções tiveram momento fantástico nestes últimos tempos, foram 10 anos sempre a crescer no ranking, a nível da Liga dos Campeões novos objetivos também, agora com duas equipas [a poderem apurar-se] na Liga dos Campeões, torna mais interessante e responsabiliza mais os clubes, e somos um todo, é o nosso futebol que vai ser mostrado a nível internacional e vai ser a imagem e o espelho do nosso futebol», realçou.

«Vamos continuar a crescer, a melhorar o processo, queremos liga mais forte e competitiva, mas queremos que toda a gente cresça, clubes de maior e menor dimensão. E temos de aumentar o número de praticantes, no plano estratégico queremos 70 mil até 2030, seja no futebol, futsal ou futebol de praia», juntou Mónica Jorge.

Durante a cerimónia foi revelada a equipa vencedora do prémio fair play relativo à temporada passada, que foi arrebatado pelo Benfica. Em representação das tricampeãs nacionais, que na véspera conquistaram o primeiro troféu da temporada, após vencerem o Sporting na final da Supertaça, esteve a médio Pauleta, que se encarregou de receber o respetivo troféu, que agradeceu em nome do clube da Luz.