10 março 2025, 07:20
O que não pode faltar ao Benfica em Barcelona
151 remates nos últimos 7 jogos, 61 enquadrados, 12 golos. Pontaria tem de estar mais afinada na Champions. Plantel está muito motivado
No total, 12 jogadores vestiram as duas camisolas. Mas quem são esses jogadores? De Okunowo a João Félix, passando pelo malogrado Enke, recorde-os connosco
Benfica e Barcelona são dois dos clubes mais icónicos do futebol europeu, com histórias ricas, conquistas memoráveis e uma legião de adeptos apaixonados.
Os encarnados, um dos símbolos do futebol português, contam com uma tradição vitoriosa com mais de um século de existência e uma academia de formação que já revelou talentos de renome mundial. Por sua vez, os culés um dos gigantes de Espanha, construiu a sua identidade em torno do famoso estilo de jogo tiki-taka e da aposta em jogadores formados na La Masia.
10 março 2025, 07:20
151 remates nos últimos 7 jogos, 61 enquadrados, 12 golos. Pontaria tem de estar mais afinada na Champions. Plantel está muito motivado
Ao longo dos anos, foram vários os jogadores que tiveram a oportunidade vestir a camisola de ambos os clubes. Alguns, deixaram uma marca profunda, tornando-se ídolos dos adeptos, enquanto outros viveram passagens mais discretas. Com um novo confronto entre estes colossos europeus marcado para a próxima terça-feira, este embate traz à memória esses jogadores que fizeram parte da história dos dois emblemas.
Lembrado por poucos, esquecido por muitos, Samuel Okunowo foi o primeiro jogador a representar Benfica e Barcelona. O antigo defesa nigeriano chegou à Catalunha em 1997 e, depois de uma temporada na equipa B, ganhou a confiança de Van Gaal para integrar o plantel principal, somando 21 jogos na época 1998/99, quando conquistou a LaLiga.
Na época seguinte, foi emprestado ao Benfica, mas não vingou no clube encarnado e a sua passagem por Lisboa durou apenas até à metade da temporada (12 jogos, um golo).
Sem conseguir afirmar-se no Barcelona, acabou por seguir um percurso irregular, marcado por várias lesões, antes de acabar a carreira no seu país natal, em 2012.
Em julho de 2012, Okunowo perdeu todos os bens (incluindo troféus, medalhas e até o passaporte) quando um incêndio deflagrou na sua mansão em Ibadan. Desesperado, pediu ajuda ao Barcelona, que o atendeu. Nos últimos anos, tem trabalhado como olheiro na Nigéria, ao mesmo tempo que faz parte da equipa de lendas do Barça.
O guardião alemão foi o segundo a vestir ambas as camisolas. Enke chegou ao Benfica em 1999, vindo do Borussia M'Gladbach, e rapidamente se tornou o titular da baliza encarnada, num período em que o clube vivia uma fase turbulenta.
Fez 93 jogos, em três épocas, com as boas exibições a chamarem a atenção do Barcelona, que o contratou em 2002. No entanto, a passagem pela Catalunha foi dececionante, com poucas oportunidades e dificuldades em impor-se. Somou apenas quatro jogos, antes de ser emprestado ao Fenerbahçe e ao Tenerife, relançando, depois, a carreira na Alemanha, ao serviço do Hannover.
Enke cometeu suicídio a 10 de novembro de 2009, depois de vários anos a lutar contra uma depressão.
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Geovanni chegou ao Barcelona em 2001, vindo do Cruzeiro, como uma jovem promessa do futebol brasileiro. Apesar de algumas boas exibições e golos decisivos, nunca se conseguiu afirmar como titular indiscutível na equipa catalã (43 jogos, três golos).
Em 2003, foi emprestado ao Benfica, onde viveu momentos mais marcantes. Durante três épocas e meia, destacou-se pela técnica e capacidade de decidir jogos importantes, sendo peça fundamental na conquista do campeonato de 2004/05, que quebrou um longo jejum de títulos dos encarnados. Fez 131 jogos e marcou 23 golos pelo emblema da Luz.
Geovanni retirou-se em 2013, após passagem pelo Bragantino, e atualmente divide-se em várias atividades, sendo empresário de jogadores e pastor da Igreja Evangélica.
O primeiro português na lista, Simão Sabrosa chegou ao Barcelona em 1999, oriundo do Sporting, mas teve algumas dificuldades em afirmar-se devido à forte concorrência no plantel, tendo, ainda assim, realizado 70 jogos (quatro golos) pelos catalães.
Em 2001, assinou pelo Benfica e rapidamente se tornou a principal referência da equipa. Capitão durante várias temporadas, destacou-se pelos golos decisivos, assistências e liderança em campo, sendo, tal como Geovanni, importante no título de 2004/05. Após seis épocas de sucesso na Luz (230 jogos, 94 golos), transferiu-se para o Atlético Madrid, onde continuou a sua carreira ao mais alto nível.
Após terminar a carreira, em 2016, regressou aos encarnados e atualemente desempenha o cargo de Diretor de Relações Internacionais das águias.
Javier Saviola, argentino de grande talento, representou o Barcelona entre 2001 e 2007, com dois empréstimos pelo meio, atuando em 172 partidas, com 72 golos apontados.
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Após dois anos no Real Madrid, transferiu-se para o Benfica, em 2009, onde continuou a exibir o seu futebol de qualidade, tornando-se uma peça importante e conquistando a admiração dos adeptos. Com 121 jogos, 39 golos e 27 assistências pelas águias, Saviola conquistou, ainda, um campeonato e três Taças da Liga, em três épocas na Luz.
Pendurou as botas em 2015 e atualmente não está ligado a nenhum clube, depois de se ter demitido do cargo de treinador adjunto dos sub-19 do Barça, em junho de 2023.
Extremo com muito técnica, Nolito brilhou ao serviço do Barcelona B entre 2008 e 2011, chegando a fazer cinco jogos na equipa principal, comandada por Pep Guardiola.
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Ainda assim, o pouco espaço na Catalunha levou-o a rumar ao Benfica, em 2011. Esteve uma época e meia na Luz (63 jogos e 16 golos), onde conquistou uma Taça da Liga e mostrou flashes do seu futebol ofensivo e criativo.
Voltou a encontrar Guardiola, no Manchester City, em 2016/17, antes das passagens bem sucedidas por Sevilha e Celta de Vigo. Terminou a carreira em 2023.
O primeiro da lista que passou pela academia do Seixal, André Gomes foi lançado por Jorge Jesus na equipa principal do Benfica, em em 2012. Em duas épocas (41 jogos, quatro golos), destacou-se no meio-campo encarnado, conquistando títulos e chamando a atenção da Europa.
Saiu para Valência em 2014, antes de se transferir para o Barcelona, dois anos depois, numa fase em que o clube catalão buscava rejuvenescimento. Apesar de ter mostrado potencial, a adaptação foi irregular e acabou por não se afirmar como esperado, abandonando Camp Nou em 2018, após 78 jogos pelos culés.
Internacional português em 29 ocasiões, atualmente representa o Lille, em França.
Lateral brasileiro com algum potencial, Douglas teve passagens fugazes por Barcelona e Benfica. Em 2014, os catalães pagaram €4 milhões ao São Paulo pelo passe do jogador, mas a estadia no Camp Nou foi curta. Com apenas oito jogos realizados, em duas épocas, foi emprestado ao Sporting Gijón, antes de ser cedido ao Benfica.
O percurso na Luz não foi muito melhor. Na temporada 2017/18, Douglas atuou em 11 jogos pelos encarnados, sem golos nem assistências a registar.
Terminou a carreira em 2020, com 30 anos, e, hoje em dia, divide o tempo entre as competições de futevólei e crossfit.
A primeira grande transferência entre Benfica e Barcelona, Nélson Semedo, lateral-direito português, destacou-se na equipa principal do Benfica entre 2015 e 2017, conquistando cinco títulos (65 jogos, 3 golos e 10 assistências).
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A consistência no clube lisboeta valeu-lhe uma transferência para o Barcelona em 2017, a troco de €35 milhões. Apesar de alguns altos e baixos, Semedo mostrou-se um jogador confiável durante a sua passagem pelo clube catalão, somando 124 jogos e quatro troféus, antes de rumar ao Wolverhampton em 2020, onde permanece.
Outros dos nomes na lista que não vingaram nem em Barcelona nem em Lisboa. Jean-Clair Todibo, defensor francês, teve uma passagem breve e pouco expressiva pelo Barcelona entre 2019 e 2021, registando apenas cinco jogos.
Contratado como uma promessa, o central não conseguiu afirmar-se na equipa principal blaugrana, sendo emprestado a vários clubes, incluindo o Benfica em 2021. Na Luz, Todibo também não conseguiu destacar-se, tendo uma passagem discreta (2 jogos). Após quarto anos em Nice, mudou-se para Londres no último verão, para representar o West Ham.
Um dos melhores laterais da sua geração, João Cancelo cresceu nas camadas jovens do Benfica. Entre 2012 e 2014, alternou entre a equipa B e alguns apontamentos na equipa principal, mostrando já capacidade ofensiva e técnica apurada.
No entanto, não conseguiu consolidar-se nos encarnados - tendo feito apenas dois jogos -, e em 2014, foi emprestado ao Valência, onde finalmente explodiu e ganhou destaque internacional.
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Depois de passagens por Inter, Juventus, Manchester City e Bayern, rumou ao Barcelona em 2023, por empréstimo dos citizens. Na Catalunha, Cancelo encontrou um ambiente propício para destacar as suas qualidades. Com versatilidade, capaz de atuar tanto como lateral-direito como lateral-esquerdo, e aptidão defensiva e ofensiva, rapidamente se tornou uma peça importante na equipa de Xavi (42 jogos, 4 golos e 5 assistências).
Apesar do bom desempenho, acabou por não ficar em Camp Nou, rumando ao Al Hilal, onde reencontrou Jorge Jesus, que o lançou na equipa principal do Benfica.
O último desta lista, mas certamente o mais mediático. Uma das grandes promessas desta geração do futebol português, João Félix despontou com apenas 19 anos na equipa principal do Benfica, na temporada 2018/2019. Pleno de técnica , visão de jogo e capacidade decisiva, fez 43 jogos e marcou 20 golos pela turma da Luz, que se sagrou campeã nacional nesse ano.
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Afigurava-se um futuro risonho para o avançado e o Atlético Madrid foi à loucura para o contratar numa transferência recorde avaliada em €127 milhões. Os três anos e meio na capital espanhola foram repletos de polémicas, com vários altos e baixos e críticas à falta de regularidade.
Em 2023, já depois de ter sido emprestado ao Chelsea, João Félix rumou ao Barcelona, cedido pelos colchoneros. No clube catalão, adaptou-se rapidamente, exibindo criatividade e contribuindo com golos e assistências. Porém, apesar dos 44 encontros realizados e 10 tentos apontados, as dúvidas em relação à sua consistência, aliadas às dificuldades financeiras do emblema da cidade condal, levaram-no a sair do Barça e voltar ao Chelsea, desta vez, em definitivo.
Esteve apenas seis meses em Londres, antes de se mudar novamente. Neste momento, representa o Milan, de Sérgio Conceição, onde procura relançar a carreira e voltar a mostrar o que mostrou naquela época dourada na Luz.
E o Keirrison?