«Jurásek não teve o impacto que esperávamos»

«Jurásek não teve o impacto que esperávamos»

NACIONAL09.02.202419:13

Rui Costa admitiu que a substituição de Grimaldo não era fácil e o checo, contratado ao Slavia Praga e entretanto emprestado ao Hoffenheim, desiludiu

Rui Costa, presidente do Benfica, explicou os motivos que levaram às cinco saídas do plantel no mercado de janeiro: João Victor, Musa, Jurásek, Gonçalo Guedes e Chiquinho. No caso do lateral checo, por quem as águias pagaram 14 milhões de euros ao Slavia Praga, chegando o jogador com a responsabilidade de substituir o espanhol Grimaldo, que saiu para o Leverkusen, Rui Costa admitiu que as coisas não correram da melhor forma para o esquerdino.

«Havia grande expectativa, até pelos números, e não me custa admitir que não teve o impacto que esperávamos, numa posição que não era nada fácil pelo impacto que Grimaldo tinha tido. Para anular alguma dúvida que possa existir, não há nenhuma aquisição do Benfica que não tenha um entendimento do presidente e do treinador. Trabalhamos juntos, não separados.

Infelizmente para nós, Jurásek não teve o impacto que se esperava. Tendo em conta o quão custoso que foi, entendemos que fazer sair, ainda com a esperança que se reencontre, neste caso em concreto seria essencial valorizar este ativo. Tivemos de combater com muitos clubes, esses mesmos clubes mostraram interesse em tê-lo na sua equipa neste mercado e foi o que acabou por acontecer.»

O que disse o presidente sobre as outras saídas

LUCAS VERÍSSIMO E GABRIEL: «O Lucas foi uma pena, como homem e jogador. Teve a grave lesão no joelho e perdeu cerca de um ano de competição. Dentro desse espaço apareceram Otamendi, António Silva, Morato. Teve comportamento exemplar mesmo não jogando, importante no balneário, foi emprestado para o Brasil e chegou agora ao mercado de inverno... Havia a solução Corinthians e a solução para o Catar, por uma verba boa. Gabriel não estava no plantel, nem o ano passado, não iria fazer, vinha de dois empréstimos, a ano e meio de terminar contrato procurámos soluções para rentabilizar ativos, acabámos por rescindir e libertá-lo e não tendo, assim, mais encargos.»

PETAR MUSA: «O Petar é questão diferente dos outros, teve mais minutos, ainda assim, com a recuperação, chamemos-lhe assim, de Arthur Cabral, a vinda de Marcos Leonardo e a aposta em Casper Tengstedt, fazia pouco sentido ter quatro avançados num modelo em que jogamos só com um; com a proposta que apareceu, fez sentido fazer agora esta mudança, sabendo que o Petar era influente. Uma proposta que pode chegar aos €12 milhões era vantajoso e corríamos o risco de ele ter menos minutos até final da época. Todas as partes envolvidas acharam que era oportuno aceitar a proposta, quisemos aceitar.»

JOÃO VICTOR: «Foi contratado no início da época passada, era necessário um quarto central, encontrámos em João Victor a solução que entedíamos indicada, numa fase em que ainda não tinha nascido António Silva e João Victor perdeu espaço. Foi emprestado, voltou este ano, tinha poucos minutos e apareceu uma boa proposta para ele e para o clube. Recuperámos o investimento praticamente todo que tínhamos feito no jogador. Seis milhões, com um ano amortizado, foi vantajoso.»

GONÇALO GUEDES: «Não era nosso jogador, era do Wolverhampton. Infelizmente foi fustigado com lesões que o condicionaram para ganhar espaço. Tinha poucos minutos e ainda por cima não era nosso. Foi vontade muito grande do jogador, que nós respeitamos, ir para um clube, o Villarreal, que tem um treinador que o conhecia bem; mas será sempre um de nós, o empenho dele foi sempre enorme; mas será sempre um de nós, o empenho dele foi sempre enorme. Ainda hoje não sabemos como aguentou o ano passado a jogar lesionado nos últimos minutos do jogo de Alvalade, com o Sporting. Não fazia sentido não aceitar a mudança dele para Espanha.»

CHIQUINHO: «Foi extraordinariamente importante no ano do título, com aparecimento de João Neves, tinha poucos minutos, estava a cinco meses de terminar contrato, para nós foi melhor sair agora do que ele sair livre e considerámos que seria saída airosa para ele. Também não merecia que lhe cortássemos esta oportunidade.»

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