Treinador do Famalicão demonstra total respeito pelos dragões, ainda que a época do adversário esteja aquém do esperado. Sublinha a vontade de conquistar os três pontos no anfiteatro portista e garante uma equipa igual a si própria. O talento de Rodrigo Mora, mas não só…
A campanha altamente irregular que o FC Porto tem vindo a fazer na presente temporada não deixa Hugo Oliveira mais descansado para o duelo desta sexta-feira (18 horas), relativo à 30.ª jornada da Liga.
Na antevisão ao encontro com os dragões, o treinador do Famalicão deixou grandes elogios ao adversário, mas, antes disso, também sublinhou o bom momento por que passa a sua equipa.
«Tal como na vida, também no futebol é mais fácil caminhar a ganhar do que caminhar com a dúvida da derrota ou do empate. Sabemos porque é que as coisas têm vindo a correr bem, é do trabalho que fazemos e do esforço de todos. O caminho é dar continuidade, sabendo que não vamos ganhar sempre, mas sabendo também que nesses dias não vamos perder o norte, como não perdemos nos momentos difíceis em que caminhámos com algumas dificuldades ligadas ao resultado. Acreditávamos num processo e fruto do esforço e do talento dos jogadores as coisas foram acontecendo», começou por dizer.
Resultado desbloqueado com um frango monumental do guarda-redes do Estoril; os famalicenses ganharam outro à vontade no encontro e ainda fizeram mais dois golos, por Sejk e Gil Dias.
Depois disso, sim, Hugo Oliveira explanou a sua ideia sobre os portistas. E mesmo apesar de todo o respeito que demonstra pelo oponente de amanhã, o treinador não se coíbe de dizer que os minhotos vão apresentar-se iguais a si próprios no relvado do Estádio do Dragão.
«O Famalicão tem de entender que o próximo jogo é extremamente difícil, contra uma boa equipa, que é muito mais do que os seus resultados. Trata-se de um clube que tem um ADN de ganhar, uma cultura de vitória, e quem não entender que o FC Porto é sempre FC Porto está muito próximo de cair no primeiro buraco que vai aparecer na caminhada. Temos de saber isso, que vamos jogar contra esse adversário fortíssimo e que temos de respeitar. Mas isso não invalida que mantenhamos a nossa forma de estar e que passa por olhar sempre para nós, agarrados aos nossos princípios e acreditando que jogamos pelos três pontos em todos os jogos. Achamos que podemos sempre fazer golos, seja onde for, em casa ou fora. A nossa organização acaba por nos permitir defender e atacar ainda melhor. Os nossos olhos estão sempre na baliza do adversário. O processo cria-se através de caminhos coletivos», analisou.
A finalizar, e instado a pronunciar-se sobre o momento de Rodrigo Mora, o líder do balneário famalicense reconheceu as competências do jovem prodígio dos azuis e brancos, mas também alertou para o facto de não ser o único jogador do grupo de trabalho de Martín Anselmi com capacidade de desequilíbrio: «Queremos sempre jogar contra os melhores e gostamos das dificuldades que nos colocam. O Mora tem um trajeto muito grande para fazer, mas não é o único grande jogador que o FC Porto tem, não é o único jogador com muito potencial que o FC Porto tem, mas é um jogador que já nesta idade consegue colocar todo o seu talento dentro do campo. Conhecemos o adversário, mas olhamos muito mais para nós e amanhã não vai ser diferente. Queremos, mais do tudo, chegar ao fim e estarmos orgulhosos de nós mesmos e do que fizemos.»
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