Gil Vicente 3-1 Amarante: o tombo de um gigante
O jogador do Gil Vicente, Miro, festeja após marcar um golo contra o Amarante (HUGO DELGADO/LUSA)

Gil Vicente 3-1 Amarante: o tombo de um gigante

NACIONAL10.01.202421:10

Equipa do escalão principal do futebol português sofreu para passar à fase seguinte. Susto passou apenas nos minutos finais, com dois golos de rajada.

O Amarante despede-se da Taça de Portugal ao perder (1-3) em casa do Gil Vicente, que teve dificuldades para se apurar para a fase seguinte da prova. Os adeptos do emblema alvinegro apresentaram-se em maior número na cidade minhota e viram o seu clube perder a invencibilidade da época. Entre os quatro principais campeonatos, o Amarante era o único que detinha o recorde de equipa sem derrotas, até esta quarta-feira, deixando assim a prova rainha órfã de clubes do Campeonato de Portugal.

Noite fria e bancadas despidas no Estádio Cidade de Barcelos, contudo, mais bilhetes houvesse para os adeptos do Amarante comprarem e mais compostas ficariam.

O sentido do jogo, porém, foi contrário à festa que os alvinegros iam fazendo na bancada norte. O Gil Vicente inaugurou o marcador na sua primeira investida à baliza do emblema que lidera a Série B da quarta divisão e, até aqui, imbatível.

Miro, uma das grandes apostas do treinador Vítor Campelos para a segunda metade da temporada dos gilistas, estreou-se a titular com a camisola do Gil Vicente e com um golo madrugador aos três minutos. Marlon assistiu Buta, este serviu Maxime Domínguez e o suíço rematou rasteiro ao segundo poste, deixando a bola à mercê do jovem avançado angolano, que só teve de encostar.

A partir daí, assistiu-se a uma primeira parte muito equilibrada, com o Amarante a tentar reagir de forma corajosa, perante um Gil Vicente mais concentrado no meio-campo e que mais parecia gerir em função do resultado. Mas a formação orientada por Renato Coimbra deu sinais de que a segunda parte poderia ser diferente.

A neblina pairou sobre o relvado na segunda parte e o Gil Vicente, que ocupa o 14.º lugar na Liga, mostrou-se ainda mais dormente. O Amarante, em sentido contrário, galvanizava-se e ia assustando a equipa da casa, até que o clube do quarto escalão foi demonstrando sinais de desgaste físico, não o suficiente para derrubar a ambição amarantina.

Leandro Santos, que tinha entrado aos 78 minutos, colocou a bancada do Amarante em delírio com um grande golo, deixando os adeptos do Gil em fúria aos 81 minutos.

A esperança do Amarante durou pouco tempo, pois Rúben Fernandes e Martim Neto, suplentes utilizados, marcaram os golos do Gil Vicente nos últimos minutos, levando os galos até aos quartos de final da Taça de Portugal.

No final, mesmo eliminado, a festa foi do Amarante, que se despede da Taça de Portugal depois de ter eliminado o Sertanense (2-0), Paredes (2-0), ambos do Campeonato de Portugal, e a Académica de Coimbra (1-0), da Liga 3.