Internacional turco foi titular nos últimos três jogos, mas não aproveitou o momento para ganhar pontos. Falta confiança e, acima de tudo, golo ao jovem avançado. Baixo rendimento da equipa também não ajuda
Deniz Gul foi o homem da frente do ataque azul e branco nas últimas três partidas, atuando de início frente a Casa Pia (1-0), Famalicão (2-1) e Estrela da Amadora (0-2), no lugar habitualmente ocupado por Samu.
O internacional espanhol, que é de longe o maior artilheiro da época dos dragões (com 22 tentos), apresentara alguns problemas físicos nas últimas semanas e foi um dos castigados pela administração devido às polémicas saídas noturnas, fatores que o colocaram no banco de suplentes nos três desafios.
O jovem turco teve, então, oportunidade de demonstrar rendimento e ganhar pontos junto de Martín Anselmi, com perspetivas de dar luta a Samu, mas a verdade é que não conseguiu fazer a diferença, demonstrando dificuldades em vários aspetos.
Treinador insiste em proposta de jogo que deixa equipa exposta a perigo constante. Sem um plano B sempre que as coisas não correm de feição nas quatro linhas. Aura que trazia começa a desvanecer-se e precisa de mostrar serviço nos jogos com Moreirense, Boavista e Nacional
As pobres exibições coletivas, sobretudo esta última na Reboleira, não ajudaram, certamente, mas ainda assim o atacante de apenas 20 anos podia ter agarrado a oportunidade de melhor maneira. Não foi capaz de envolver-se no jogo ofensivo dos dragões, perdeu duelos e é notório que lhe falta confiança em frente à baliza.
Contratado no verão aos suecos do Hammarby no verão do ano passado, numa operação que custou 4,5 milhões de euros aos cofres portistas, o jovem já mostrou potencial e até já teve períodos auspiciosos. Em setembro, apontou, em jogos consecutivos (frente a Bodo/Glimt e Arouca), os únicos dois golos com a camisola azul e branca. Raramente era titular – apenas o foi em duas ocasiões com Vítor Bruno – mas sempre que entrava tentava agitar com o jogo.
Turquia estava atenta
Treinador do FC Porto com entrada pacífica no centro de treinos, sem adeptos
O início promissor na Invicta valeu-lhe a primeira chamada à seleção principal turca, ele que também podia ter optado por representar a Suécia, país onde nasceu. Uma lesão num treino impediu que se estreasse em novembro, mas acabou por debutar pelo seu país em março, frente à Hungria.
No FC Porto, com Anselmi, já foi titular quatro vezes (já tinha começado de início o duelo em Faro), mas ainda procura o desejado golo, que foge há sete meses.
Com Samu à frente na hierarquia, será sempre difícil somar minutos suficientes para fazer a diferença, mas com a quebra também evidente de rendimento do ex-Atlético de Madrid abriu-se essa janela de oportunidade. Para manter o estatuto de referência atacante a liderar a frente de ataque e para continuar a merecer a confiança do treinador, porém, Gul terá de fazer (bem) mais nos próximos encontros. Isto, claro, partindo do princípio que Samu continuará na sombra, o que não é, de todo, evidente. O espaço de Gul volta a estar ameaçado.
Sejamos realistas, esse jogador não só falta de confiança, tem falta de classe e acima de tudo falta-lhe muito para ser um jogador, nem digo bom, pois não o é, Só o meteram a jogar na esperança de o vender no final da época por 10 ou 15 milhões.