Quenda lembra conselho de Ronaldo e elogia Amorim: «Foi ele quem acreditou em mim»

Geovany Quenda, que recentemente festejou o bicampeonato do Sporting, concedeu uma entrevista à Lusa, na qual abordou a «inesquecível» festa do título, o conselho que lhe foi dado por Cristiano Ronaldo no passado e a importância de Ruben Amorim, que lhe abriu portas à afirmação de leão ao peito.

«Tenho um carinho especial por ele. Foi ele quem acreditou em mim e me trouxe para jogar na melhor equipa de Portugal», disse a propósito do técnico que o estreou na Supertaça Cândido Oliveira no início da temporada, frente ao FC Porto, derrota por 3-4, que rumou ao Manchester United.

«Só uma pessoa especial, não. Acreditou em mim desde o ano passado, quando me convocou duas vezes para a equipa principal. Acho que foram dos momentos mais importantes da minha vida. Só tenho a agradecer ao mister», sublinhou, deixando também palavra a João Pereira, que sucedeu a Amorim: «Da forma que estávamos, ia ser difícil para qualquer um. Estivemos com o João Pereira, mas não correu da melhor forma. Só tenho de lhe desejar boa sorte.»

O modo como Rui Borges pegou no barco foi destacado: «O mister Rui esteve connosco e acho que foi muito importante a forma como chegou, logo num dérbi, em que conseguimos a vitória. Conseguiu subir a equipa e acho que isso foi o mais importante. Fez-nos acreditar. Teve de se adaptar à nossa tática, o que não era fácil, porque ele jogava numa diferente, mas foi preciso para conseguirmos boas coisas.»

Entre exemplos a seguir, falou de Gyokeres – «é muito exigente e tenho de estar focado em melhorar» – e do «melhor do mundo, Cristiano Ronaldo», que lhe deu conselho – «Disse-me para trabalhar, para continuar a trabalhar, que sou muito novo e ainda vai acontecer muita coisa na minha vida». Rodrigo Mora também mereceu palavra: «Não é rival. Somos amigos, ele que continue a fazer boas coisas, que merece muito. Estivemos juntos na seleção [de sub-17, que perdeu a final do Euro 2024]. No ano passado estávamos a ter conversas sobre a final da Taça, no Chipre, fizemos uma aposta e acabou por ganhar o FC Porto, mas desejo-lhe tudo de bom para ele».

Quenda destacou os festejos do título. «Já passou, já passou, agora temos jogo domingo, é uma final com o nosso maior rival. Vai ser 50/50, temos de dar o nosso máximo para conseguir a vitória (...) Vai ser, como sempre, a tentar ganhar, porque temos de ir em busca da vitória», afirmou. «Ainda não senti isso, mas o sábado vai ficar na minha memória. Ainda estou a viver um sonho. Este momento foi muito importante para mim e para a minha família. As melhores recordações foram na saída do estádio, quando a minha família me foi abraçar, mas o Marquês vai ser inesquecível. Já esperava há muito tempo e foi importante», frisou.

Já vendido ao Chelsea, Quenda iniciará época em Alvalade, onde mantém o foco: «Vai ser igual, da mesma forma como o primeiro dia em que aqui cheguei. Representar o Sporting tem de ser sempre um orgulho, vai ser sempre assim, todos os dias. Eu tenho é de ajudar o Sporting, onde for, até a guarda-redes faço, se for preciso. Tenho é de ajudar o Sporting a ganhar jogos e a ganhar títulos (...) Vou sentir saudades, claro, porque foi o clube que me recebeu quando eu tinha 12 anos. Trataram-me sempre desta forma e só tenho a agradecer.»

Uma eventual chamada aos sub-21 de Rui Jorge «não é um passo atrás»: «Gostava de ser convocado, claro, e só me compete trabalhar, ajudar os colegas e dar o meu melhor seja onde for.»

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