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Ex-árbitro e as simulações de Neymar: «Quanto mais contorcia a cara de dor…»
O antigo árbitro alemão Felix Brych falou sobre a sua relação em campo com Neymar, abordando as técnicas a que recorria para perceber quando um jogador estava a simular uma lesão.
Ao longo dos tempos, Neymar deu muitas dores de cabeça aos árbitros. Jogador muito técnico e habilidoso, o brasileiro foi frequentemente vítima da agressividade dos adversários, mas noutras ocasiões também foi punido por simular lesões, o que dificultou o trabalho dos juízes no momento de decidir se era realmente falta ou uma tentativa de obter vantagem.
Um futebolista que sofre com dores fortes fica no chão, não se revira indefinidamente
Um dos árbitros que pareceu «ler» melhor Neymar foi Felix Brych, que numa entrevista à revista Focus falou como procedia com o atacante. «Era praticamente lendário e, com certeza, não era sem razão. Mas eu já estava habituado a ele», começou por dizer.
«Quanto mais contorcia a cara de dor, mais eu deixava o jogo seguir. Um futebolista que sofre com dores fortes fica imediatamente no chão, não se revira indefinidamente no relvado», contou, revelando que era assim que detetava as simulações do internacional canarinho.
O ex-árbitro FIFA, hoje com 49 anos, não ficava por aí: «Muitas vezes interpretava a reação dos que me rodeavam para saber se tinha sido ou não falta. Se olhavam primeiro para mim, não podia ser tão grave.»
«Se a preocupação com o colega de equipa ou a reação ao adversário fosse maior, então as coisas eram diferentes. Os futebolistas aperfeiçoaram ao longo do tempo a arte de simular, mas agora é mais difícil, desde que surgiu o VAR», completou o alemão, que também abordou o fim da carreira.
Foi como uma libertação, tenho de ser sincero
Felix Brych estreou-se na Bundesliga em 2003 e terminou a carreira em 2025. Arbitrou um total de 858 jogos, incluindo 359 na Bundesliga e 69 na Liga dos Campeões. Sobre a reforma, afirmou que foi «como uma libertação». «Tenho de ser sincero. Uma libertação após 21 anos de desporto profissional», sublinhou.
«Deixo para trás um período maravilhoso, que terminou agora com uma decisão consciente. Nos últimos anos, tive de ir até ao limite, sempre, e a recuperação tornava-se cada vez mais difícil. Agora posso assistir a um jogo de futebol de forma descontraída», observou.
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