Francisco Neto queria mais agressividade por parte da sua equipa (IMAGO)

Europeu feminino: «Entrámos receosos e com respeito a mais»

Francisco Neto queria ter visto uma equipa mais agressiva. Aponta melhorias já no próximo jogo, diante de Itália

Antes de analisar o desempenho de Portugal na estreia no Europeu, diante de Espanha, em que as Navegadoras saíram derrotas por 0-5, o selecionador Francisco Neto quis deixar uma palavra sobre a trágica morte de Diogo Jota: «Permitam-me, mais uma vez, prestar a nossa homenagem ao Diogo e ao irmão, no sentido de passar palavra de condolências à família.»

Questionado sobre o que falhou no que tinha delineado para este encontro, o treinador foi claro: «Acima de tudo o que nos faltou, principalmente na primeira parte, foi que entrámos receosos e com respeito a mais, e os timings de pressão, não conseguimos nunca chegar no timing certo para conseguir pressionar a Espanha e isso permitiu muito espaço a jogadoras com muita qualidade poderem decidir e ao mesmo tempo não conseguimos impedir as roturas,bascular melhor a linha defensiva e acertar melhor os timings de pressão. Na segunda parte corrigimos, estivemos mais próximos daquilo que era aquilo que tínhamos no plano, cumprimos melhor com aquilo que era a nossa intenção defensiva, conseguimos ter mais bola, ficámos mais tranquilos, criámos algumas oportunidades, é mais próxima daquilo que queremos, mas, como é lógico, o Campeonato da Europa é para ser jogado em 90 minutos e de certeza absoluta que vamos ser melhores contra Itália.»

Francisco Neto realçou ainda que agora é o jogo de Itália que está no pensamento: «Não era o resultado que queríamos, a verdade é que se tem falado muito sobre os últimos resultados... Não pode abalar em nada quando estamos num Europeu, sabemos que temos de recuperar rapidamente, a densidade competitiva é tão grande que não podemos a partir de amanhã do momento em que metemos o pé no relvado, o pensamento tem de ser já com Itália. É densidade competitiva, é treinar, recuperar, jogar, temos de fazer os nossos pontos para dependermos só de nós no último jogo para concretizarmos os nossos objetivos. Agora é agregar o grupo em torno daquilo que é o próximo objetivo, que é Itália e definir bem a nossa estratégia.»